Bruno Bernard, foi o homem de uma grande influência no sucesso do lançamento e carreira de Marilyn Monroe

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Bruno Bernardo de Hollywood: Fotógrafo

Bruno Bernard (Berlim, Alemanha, 6 de junho de 1912 – Los Angeles, Califórnia, 10 de março de 1987), fotógrafo alemão consagrado, o preferido das grandes estrelas para realizar seus portfólios promocionais, registrou exaustivamente com sua câmara todas as fases da carreira de Marilyn Monroe.

Antes de ir para os Estados Unidos, fugindo do nazismo, e se tornar o fotógrafo das estrelas, Bruno Bernard era um psicólogo especializado em criminologia. Ao chegar à Califórnia, sem amigos e sem dinheiro, foi aos poucos transformando seu hobby em profissão.

Começou trabalhando em festas infantis. Teve a sorte de fotografar alguns pimpolhos filhos de produtores de Hollywood, e assim acabou entrando no mundo do cinema. Autodidata, costumava dizer que teve dois excelentes professores: a tentativa e o erro.

Embora tenha sido agraciado comum Oscar especial em 1986, pelo conjunto de sua obra, Bernard abandonou sua atividade ainda no final dos anos 60, quando as fotos promocionais das atrizes começaram a ficar mais ousadas e as cenas de nudez nos filmes, mais frequentes.

Ele costumava comentar o motivo de sua aposentadoria. “Hoje em dia, em Hollywood, só existem fotógrafos do tipo ginecológico”, alfinetava. “Conhecem apenas três poses, e cada uma mais vulgar que a outra.”

Bruno Bernard nasceu Bruno Bernard Sommerfeld em junho de 1912, em Berlim, Alemanha. Aos 11 anos, tornou-se interessado em fotografia, quando seus pais lhe deram sua primeira câmera Rolleiflex.

Quando jovem, trabalhou como fotógrafo e formou-se em psicologia criminal da Universidade de Kiel em 1934.

Sua participação em uma organização de juventude judaica, o colocou numa lista negra da Gestapo que o levou a emigrar para os Estados Unidos em 1937. Em 1938, Bruno Bernard se instalou e montou seu estúdio de fotografia primeiramente no porão de seu apartamento em Los Angeles.

Agente Paulo Kohner, que ajudou a muitos europeus judeus fogem após a ascensão de Adolph Hitler e re-estabelecer-se em Hollywood, tomaram conhecimento da obra de Bernard quando Bruno Bernard abriu seu primeiro estúdio em 1940 na Robertson Boulevard e mandou os clientes, trazendo-lhe a atenção da indústria cinematográfica.

Nos anos 1940 e 50 que ele fotografou a maioria das grandes estrelas de Hollywood, como Marlene Dietrich, Clark Gable, Bette Davis, John Wayne, Elizabeth Taylor, Errol Flynn, Gregory Peck, Anita Ekberg e, claro, Marilyn Monroe.

Bernardo de Hollywood foi o homem de uma grande influência no sucesso do lançamento e carreira de Marilyn Monroe.

 

Numa tarde de 1946, o fotógrafo passeava por Sunset Boulevard, uma das ruas mais movimentadas de Hollywood, quando cruzou com uma garota de 20 anos que despertou sua atenção. Num gesto quase automático de quem vivia a caçar rostos bonitos para colocar diante da câmara, entregou um cartão à moça e convidou-a para um teste em seu estúdio.

A garota era uma caipira recém-chegada ao mundo encantado do cinema, com seonhos de iniciar uma carreira como modelo e manequim. Chamava-se Norma Jean Baker, e, em poucos anos, sob o pseudônimo de Marilyn Monroe e com a azaitada máquina de fabricar astros de Hollywood a seu favor, ela se tornaria um dos maiores mitos do cinema e o mais explosivo símbolo sexual americano de todos os tempos.

Bruno Bernard teve papel importante nessa transformação. Além de se tornar amigo íntimo e confidente de Marilyn, ele conseguiu que ela fosse recebida por Jimmy Hyde, agente da 20th Century Fox, estúdio com o qual assinou seu primeiro contrato como atriz.

Bernard estava convencido de que Marilyn podia aspirar a algo mais do que a curta carreira de modelo. “Nunca havia conhecido alguém, iniciante ou veterano, que conseguisse ficar tão à vontade diante de uma câmara”, registrou ele em seu diário. “Lembre-se sempre, Bernie, foi você quem começou tudo”, escreveu a atriz, já consagrada, numa dedicatória.

 

CALCINHAS DE SEDA –  Bruno Bernard registrou muitas fotos antológicas e ficaram fixadas na retina de várias gerações. Várias delas mostram novos ângulos da cena mais famosa da atriz – aquela em que o vento da grade de ventilação do metrô levanta seu vestido em plena rua, no filme O Pecado Mora ao Lado (1955), enquanto ela exclama para o ator Tom Ewell (1909-1994), com quem contracena: “Não é uma delícia?” Sob a batuta do diretor Billy Wilder, a cena foi repetida numa rua de Nova York nada menos de quarenta vezes, diante de uma plateia embasbacada de transeuntes que passavam pelo local.

 

 

 

Apesar da obscuridade e da falta de fundos, Bruno Bernardo montou sua câmara escura em primeiro lugar no porão de seu apartamento em Hollywood em 1940. Pouco tempo depois, ele mudou seu estúdio para a famosa Sunset Strip. “Ninguém sabia o nome de Bernardo, mas todos sabiam de Hollywood”, e, portanto, foi criada a assinatura da marca óptica, Bernardo de Hollywood, que garantiu visualmente durante décadas a imagem de glamour.

Cada semana ele apresentou uma diferente 30 x40 “retrato” de uma estrela em seu iluminado assinatura de néon. Durante os anos seguintes ele se tornou o único fotógrafo de sua época que, simultaneamente, abriu os estúdios no oásis idílico de Palm Springs, na praia do afluente comunidade Laguna no meio e famosa Las Vegas, onde funcionou o salão retrato final na cobertura glamourosa do Hotel Riviera.

 

Bruno Bernard faleceu em Los Angeles, Califórnia, dia 10 de março de 1987, aos 85 anos.

 

 

 

(Fonte: Veja, 22 de julho de 1994 – ANO 27 – Nº 25 – Edição 1345 – FOTOGRAFIA – Pág: 146/148)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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