Booker T. Washington, foi considerado no seu tempo, o negro mais famoso do mundo

Booker Taliaferro Washington (Virgínia, 5 de abril de 1856 – Tuskegee, Alabama, 14 de novembro de 1915), educador incansável, um orador magistral, um defensor do auto-aperfeiçoamento da raça negra e escritor norte-americano.

No seu tempo, Washington foi considerado o negro mais famoso do mundo. Após a serialização de seu trabalho mais conhecido, Up from Slavery (Superando a Escravidão), em 1900/1901, uma resenha da autoria de uma jornalista francesa foi publicada em vários números do Diario da Bahia in 1902, mas a autobiografia do educador negro só foi lançada no Brasil em 1940, com o título Memórias de um negro, traduzida por Graciliano Ramos.

Washington foi, de muitas formas, uma personalidade notável, sábio nos assuntos da província, astuto e certamente diplomático. Foi um educador incansável, um orador magistral e um defensor do auto-aperfeiçoamento da raça negra.

Booker T. Washington em várias maneiras foi caracterizado na imprensa brasileira na primeira metade do século XX e uma delas pelas quais os intelectuais negros desse País poderiam saber de sua vida e obra.

As ideias de Booker T. Washington foram tão controversas na sua época quanto as são na nossa. Nascido escravo, foi levado para o oeste do estado da Virgínia por sua mãe logo após a emancipação. Frequentou a escola noturna enquanto trabalhava nas minas de carvão durante o dia.

Em maio de 1881, Washington tornou-se o diretor do recém fundado Instituto Tuskegee, onde ensinava aos negros as habilidades técnicas que acreditava necessárias na nova condição de cidadãos.

Seus pontos de vista sobre acomodação geraram muitos inimigos na comunidade negra. Acusações de acordos com os brancos normalmente eram feitas contra ele. Booker acreditava que a melhor oportunidade dos novos negros livres dependia da capacidade de integração na sociedade americana branca, e a integração só poderia acontecer por meio da educação.

Washington acreditava que ao inculcar os valores da responsabilidade individual, da dignidade do trabalho e da necessidade de manter um caráter moral e espiritual firme eram os melhores meios dos ex-escravos conquistarem um lugar justo nos Estados Unidos. E a melhor forma de assumir esse lugar era, afirmava ele, incentivando os negócios, a indústria e o empreendedorismo, e não pela agitação política.

Portanto, ele trabalhou incessantemente para ajudar aos negros a se tornarem mais prósperos ao ajudá-los a construir um fundamento econômico, mais especificamente por fundar a Liga Nacional Negra de Comércio (National Negro Business League), em 1900. E em 1901, escreveu a autobiografia Saído da Escravidão (Up from Slavery) e participou num jantar na Casa Branca. Além disso, exerceu o seu prestígio político como principal conselheiro dos presidentes Theodore Roosevelt e William Howard Taft para assuntos referentes aos negros.

(Fonte: http://pt.acton.org/historical)

(Fonte: https://revistas.ufrj.br – EXPANDINDO AS MARGENS DO ATLÂNTICO NEGRO: LEITURAS SOBRE BOOKER T. WASHINGTON NO BRASIL / Por Sabrina Gledhill – v. 7 – n. 2 – 2013)