Aurora Duarte, protagonizou filme ‘O Canto do Mar’ do cineasta Alberto Cavalcanti, uma história de miseráveis retirantes do litoral nordestino que chegou a concorrer à Palma de Ouro em Cannes

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A artista protagonizou filme ‘O Canto do Mar’ e também realizou trabalhos como diretora

 

Descoberta em 1952 pelo cineasta Alberto Cavalcanti, ele a escolheu como protagonista de ‘O Canto do Mar’. A produção de 1952 conta a história de retirantes do litoral nordestino e concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1953.

 

 

Aurora Duarte (Olinda, 17 de abril de 1937 – 6 de agosto de 2020), lendária atriz, roteirista, produtora e diretora pernambucana. A atriz pernambucana tinha como nome de batismo Diva Mattos Perez e participou de várias novelas e filmes. O último papel dela foi em 2015 no filme “A Lenda do Gato Preto”, onde interpretou uma cigana, dirigida por Clébio Viriato Ribeiro.

 

Nascida em 17 de abril de 1937 na cidade de Olinda, em Pernambuco, Aurora também trabalhou como documentarista e foi poeta. Segundo a biografia dela, publicada pela Editora Imprensa Oficial de São Paulo, na Coleção Aplauso, a atriz começou a carreira no cinema amador aos 13 anos, fez rádio e aos 15, estrelou no cinema profissional.

A icônica atriz participou de muitas produções ao longo da carreira – principalmente filmes de ação. Aurora também atuou sob a direção de Walter Hugo Khouri em Fronteiras do Inferno (1959), sobre a realidade do garimpo na fronteira Brasil-Bolívia. A produção recebeu diversos prêmios.

 

Aurora foi descoberta no Recife pelo diretor Alberto Cavalcanti, em 1952, que a escolheu como protagonista de seu filme O Canto do Mar, uma história de miseráveis retirantes do litoral nordestino que chegou a concorrer à Palma de Ouro em Cannes, em 1953, ganhando nesse ano o prêmio de direção no Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary (República Checa).

 

No filme, o pai fica louco e a mãe assume a responsabilidade pela família. Por uma infeliz coincidência, o fim da vida de Aurora Duarte teve semelhanças com a do pai de seu filme. Com demência senil, a atriz, que não tinha parentes vivos, foi ajudada financeiramente por amigos próximos, mas não resistiu a um tombo e morreu vítima de infecção generalizada. Há muitos anos Aurora, que foi ativa no cinema brasileiro, estava sem trabalho.

Embora voltasse a atuar em produções sem muito sucesso, Aurora passou a dedicar seu tempo à literatura, a dirigir documentários e produzir – foi dela a produção de Riacho de Sangue (1966), dirigido por Fernando de Barros. A atriz é lembrada especialmente por filmes de ação como Armas da Vingança, de Carlos Coimbra, e Três Garimpeiros, do italiano Gianni Pons (1909-1975). Contudo, ela chegou a atuar sob a direção de cineastas mais ambiciosos, como Walter Hugo Khouri, em Fronteiras do Inferno (1959), sobre a realidade do garimpo, na fronteira Brasil-Bolívia, que garantiu a Khouri importantes prêmios.

 

Com o marido Walter Guimarães Motta e Coimbra, Aurora produziu um épico, A Morte Comanda o Cangaço (1961). Depois, quando começou a se envolver com o universo literário, casou-se com o editor Massao Ohno. A atriz pernambucana voltaria a Quixadá, cenário do filme, meio século depois, para filmar com um cineasta local, Clébio Viriato Ribeiro.

Aurora Duarte faleceu em 6 de agosto de 2020, aos 83 anos, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, vítima de uma infecção generalizada, onde estava internada havia mais de dois meses.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/cinema – DIVERSÃO / CINEMA / Por Antonio Gonçalves Filho – 6 AGO 2020)

(Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/08/07 – POP & ARTE / CINEMA / Por G1 SP – 

(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.783 – 7 AGOSTO 2020 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 25)
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