Arquiteto pioneiro

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Pierre Koenig (San Francisco, 17 de outubro de 1925 – Los Angeles, 4 de abril de 2004), arquiteto pioneiro que ajudou a definir o visual do sul da Califórnia com residências elegantes de aço e vidro que se tornaram mundialmente famosas.

Atualmente, Koenig estava lecionando na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, onde ele próprio se formou.

Koenig integrou um grupo de arquitetos do sul da Califórnia que exerceram grande influência na metade do século 20, entre os quais Charles e Ray Eames, e que seduziram a crescente classe média do pós-guerra com seus projetos inovadores.

As residências que criou, muitas das quais foram usadas como cenário de filmes nos anos 1950 e 1960, eram simples, abertas, consumiam pouca energia e tinham uma conexão íntima com a paisagem natural que as cercava.

Nascido em San Francisco em 17 de outubro de 1925, Koenig estudou na Escola de Engenharia da Universidade do Utah e, depois na Universidade do Sul da Califórnia, onde se diplomou em arquitetura.

Ele construiu sua primeira residência de aço exposto em 1950, quando ainda era estudante. “Na universidade, eu me interessava pelo aço, mas meu professor me dizia: “Não, Pierre, não se pode usar aço numa casa. É um material industrial, e as donas-de-casa não gostariam”, contou Koenig em entrevista concedida em 2001 à LA Magazine.

Seus projetos mais influentes foram parte do movimento de “Estudos de Caso” (1945-1966) lançado por John Entenza, editor da revista Arts & Architecture, que acabou por englobar 26 residências. Em 1957, Entenza desafiou Koenig a aplicar materiais industriais a dois projetos residenciais.

Koenig criou dois protótipos de casas modernas que se assemelham a cubos de Rubik. O primeiro, Casa de Estudo de Caso número 21, abria mão do conceito tradicional de gramado e entrada.

Sua fachada externa visava a privacidade dos moradores. Com estruturas, janelas e clarabóias quadradas de aço, os críticos da época acharam que ela quase parecia uma máquina.

O segundo, Estudo de Caso número 22, obra que foi concluída em 1960, foi ancorado a um lote em Hollywood Hills que até então era visto como inviável para construção.

Ela oferecia surpresas a cada canto. Imortalizada numa célebre foto arquitetônica feita por Julius Schulman, a casa inclui uma dramática sala de estar envidraçada que se projeta para fora de uma colina, oferecendo uma vista em 270 graus da cidade de Los Angeles espalhada abaixo dela.

O arquiteto, que morreu em 4 de abril de 2004, aos 78 anos, de leucemia em sua casa em Los Angeles, planejava vários edifícios novos, disse Robert Timme, seu amigo e diretor da Escola de Arquitetura da universidade.

“Era um modernismo mais ligado ao clima da Califórnia, à abertura da casa — a promessa de uma vida melhor, por assim dizer”, explicou Timme.

“Eram construções incríveis, nas quais se fazia muito pouca distinção entre o lado de dentro e a parte externa, com paredes de vidro maciço que abriam espaços.”

(Fonte: http://diversao.terra.com.br/noticias/0,,OI290464 – Reuters – Reuters Limited – todos os direitos reservados – 7 de abril de 2004)

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