Antônio Prudente, foi um dos protagonistas que dedicou sua vida para transformar em realidade o que hoje é considerado um dos três maiores centro de prevenção, tratamento, ensino e pesquisa no mundo, o A.C.Camargo Cancer Center

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Antônio Prudente

Antônio Prudente

 

Antônio Prudente, foi um dos maiores oncologistas do Brasil, fundador do Hospital do Câncer de São Paulo, foi um dos protagonistas que dedicou sua vida para transformar em realidade o que hoje é considerado um dos três maiores centro de prevenção, tratamento, ensino e pesquisa no mundo, o A.C.Camargo Cancer Center

Antônio Prudente Meireles de Moraes é natural de Piracicaba, interior de São Paulo. Nasceu em 8 de julho de 1906, filho do casal Antônio Prudente de Moraes (sexto filho do 1º Presidente da República civil do país) e Maria França Meireles, a Dona Marieta.

Antônio, o neto predileto, estava marcado para ser, no mínimo, um Senador da República. Preferiu a Medicina, mais precisamente a oncologia por meio de produção científica em busca da cura do câncer. Essa retrocede à década de 1910, quando era interno do Colégio São Bento, tradicional escola dos monges beneditinos no centro de São Paulo.

Antônio teve um espetacular desempenho escolar no ano de 1919. Nos anais do colégio, seu nome aparece como destaque em simplesmente todas as disciplinas. Mais adiante, teve dois grandes mestres na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde estudou: Celestino Bourroul e Antônio Cândido de Camargo, que desde então sempre estariam ao seu lado.

Antônio Prudente formou-se médico em 1928. Um ano depois defendeu tese sobre fibromiomas uterinos e foi aprovado com louvor. Seguiu em 1929, para Berlim, Alemanha. Queria aprender as novas técnicas cirúrgicas do professor Franz Keysser, um dos grandes nomes do século 20.

Bisturis elétricos. Essa era a síntese da técnica desenvolvida por Keysser e sua equipe. A eletro-cirurgia abriu novas possibilidades de tratamento de tumores até então considerados inoperáveis. A técnica consistia em utilizar não só o bisturi elétrico como também botões e placas elétricas com as quais se conseguia a coagulação dos tecidos tumorais.

Toda a família Prudente acompanhou Antônio em sua viagem. Foram para Berlim seus pais, as quatro irmãs e até uma empregada da casa. Só o irmão mais velho ficou. Já estava casado. Ao voltar da Alemanha, em 1931, Prudente tornou-se assistente de técnica cirúrgica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Mas já demonstrava a tendência a considerar o exercício da medicina como missão, ao assumir o cargo de cirurgião do Departamento Estadual de Lepra. Trabalhou até 1937 como cirurgião plástico no atendimento a pacientes devastados pela hanseníase.

Sua trajetória contra o câncer começou a tomar forma em 1933, quando uma série de cinco artigos de sua autoria foi publicada no jornal “O Estado de S. Paulo”. Os artigos falam da perplexidade diante do mistério sobre a origem do câncer e técnicas de tratamento.

“(…) o câncer é uma moléstia de perfeita curabilidade, quando tratada a tempo” (…) afirmava Antônio Prudente, logo no primeiro artigo da série, publicado em 4 de setembro de 1933. Os fatores essenciais para o sucesso são “a educação do povo” e a necessidade de “diagnóstico precoce”.

Um ano depois, em 1934, criou a Associação Paulista de Combate ao Câncer. A entidade teria como objetivos arrecadar recursos para combater o câncer, desenvolver campanhas públicas de educação, propiciar especialização por meio ensino para médicos, enfermeiros, dentistas e assistentes sociais e manter intercâmbio de programas com organizações similares no Brasil e exterior.

O primeiro presidente da APCC foi o antigo mestre de Prudente em cirurgia, Antonio Cândido de Camargo. Juntos, eles organizaram a base da luta contra o câncer. Juntos, começaram a construção do Instituto Central para tratamento dessa doença.

Em um navio, ele partiu em 1938, apenas um ano antes de Hitler invadir a Polônia. Integrava uma comissão de médicos brasileiros que iriam conhecer instalações de saúde germânicas. Na Alemanha, conheceu a jornalista Carmen Annes Dias, 27 anos, filha do chefe da comitiva brasileira que foi para Berlim e médico pessoal do presidente Getúlio Vargas.

Antônio Prudente se encantou com aquela jornalista que falava inglês, francês, alemão, italiano, espanhol. Juntos, fundaram em 23 de abril de 1953 o Hospital do Câncer de São Paulo, no bairro da Liberdade em rua hoje denominada Professor Antônio Prudente.

(Fonte: http://www.accamargo.org.br/biografias)

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