Angela Maria, eterna rainha do canto popular nacional que deu voz às emoções do brasileiro

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Angela Maria fica entronizada como grande cantora popular que deu voz às emoções do brasileiro

 

 

 

Angela Maria — (Foto: Divulgação / Murilo Alvesso)

 

 

Angela Maria soube traduzir no canto as emoções do povo brasileiro.

 

 

Angela Maria (Conceição de Macabu, Rio de Janeiro, 13 de maio de 1929 – 30 de setembro de 2018), cantora e também atriz fluminense, uma das cantoras mais populares do Brasil em todos os tempos, começou a carreira cantando em coro de igreja, se tornou uma das maiores vozes do país e ficou conhecida como “Rainha do rádio”.

 

 

Angela Maria soube traduzir no canto as emoções do povo brasileiro. Por isso, ela é a Rainha para o público adulto que vem acompanhando a trajetória da cantora. Por isso, ela sai de cena aos 89 anos, mas fica como eterna rainha do canto popular nacional. Reinado que começou na era do rádio, nos anos 1950, e enfrentou declínios de popularidade, sobretudo na década de 1960, mas terminou soberano, vitalício.

 

 

“Comecei a cantar com 12, 13 anos na Igreja Batista. Eu fugia do culto e ia para a rádio participar do programa de calouros. Ganhei todos os concursos de rádio sem a família saber. Escondia (os prêmios) dentro de uma caixa de sapato embaixo da cama”, revelou a cantora em entrevista há um ano para o programa “The Noite”, de Danilo Gentili.

 

Angela gravou o primeiro disco em 1951 e na lista de seus sucessos estão canções como “Não Tenho Você”, “Babalu”, “Cinderela”, “Moça Bonita”, “A noite e a despedida” e “Lábios de mel”. O último álbum lançado pela cantora foi “Angela Maria e as Canções de Roberto e Erasmo”, em 2017, no qual ela revisita o repertório da dupla.

 

 

Nascida em Conceição de Macabu, no Rio de Janeiro, Abelim Maria da Cunha assumiu o nome artístico de Angela Maria e começou a carreira de cantora aos 19 anos, em 1947. Gravou dezenas de sucessos e ganhou o título de “Rainha do Rádio”, graças a eleição na edição de 1954 do tradicional concurso criado pela Associação Brasileira de Rádio. A intérprete se notabilizou como uma representante do gênero samba-canção, que surgiu no Brasil nos anos 1930.

 

O último álbum de estúdio da artista foi “Angela Maria e as Canções de Roberto & Erasmo”, lançado em 2017, pela gravadora Biscoito Fino. Ao longo da carreira, a cantora promoveu parcerias com Roberto Carlos, Gal Costa, Caetano Veloso, Agnaldo Timóteo, Alcione, Cauby Peixoto, Fafá de Belém, Ney Matogrosso, entre outros. Foi candidata a vereadora da cidade de São Paulo na eleição municipal de 2012, pelo PTB, mas não se elegeu.

 

 

 

Nome artístico

Abelim Maria da Cunha nasceu em Macaé, no Rio de Janeiro. Ela passou a infância em Niterói, São Gonçalo e São João de Meriti. Filha de pastor protestante, desde menina cantava em corais de igrejas.

Ela foi operária tecelã e inspetora de lâmpadas em uma fábrica da General Eletric, mas queria ser cantora de rádio apesar da oposição da família.

Por volta de 1947, começou a frequentar programas de calouros e passou a usar o nome Angela Maria, para não ser descoberta pelos parentes.

Apresentou-se no “Pescando Estrelas”, de Arnaldo Amaral, na Rádio Clube do Brasil (hoje Mundial); na “Hora do Pato”, de Jorge Curi, na Rádio Nacional; no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Tupi; e do “Trem da Alegria” – programa dirigido por Lamartine Babo, Iara Sales e Heber de Bôscoli, na Rádio Nacional.

Quando decidiu tentar a carreira de cantora, Angela Maria abandonou os estudos, o trabalho na indústria e foi morar com uma irmã no subúrbio de Bonsucesso.

Era do rádio

Em 1948, começou a cantar na casa de shows Dancing Avenida, onde foi descoberta pelos compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho. Eles a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Rádio Mayrink Veiga. Após um teste, ela começou carreira na emissora.

Em 1951, gravou pela RCA Victor os sambas “Sou feliz” e “Quando alguém vai embora”. No ano seguinte, sua gravação do samba “Não tenho você” bateu recordes de venda, marcando o primeiro grande sucesso de sua carreira.

Cantora Angela Maria, em imagem de 19 de janeiro de 1977 — (Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo)

 

 

 

 

 

 

Princesa e rainha do rádio

Durante a década de 1950, atuou intensamente nas rádios Nacional e Mayrink Veiga, como a estrela de “A Princesa Canta”, nome derivado de seu título de “Princesa do Rádio”, um dos muitos que recebeu em sua carreira.

Em 1954, em concurso popular, tornou-se a “rainha do rádio”, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme “Rua sem Sol”.

‘Sapoti’

Encantado pela voz de Angela Maria, Getúlio Vargas lhe deu o apelido de “Sapoti”. “Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti”, teria dito o presidente.

Ainda durante a década de 1950, vários de seus sambas-canções viraram sucessos, como “Fósforo queimado”, “Vida de bailarina”, “Orgulho”, “Ave Maria no morro” e “Lábios de mel”.

Na segunda metade da década de 1960, foi a vez de “Gente humilde” ser destaque nas paradas de sucesso.

Em 1982, foi lançado o LP Odeon com Angela Maria e Cauby Peixoto, primeiro encontro em disco dos dois intérpretes. Em 1992, a dupla lançou o disco “Angela e Cauby ao vivo”, após o show Canta Brasil.

Em 1996, foi contratada pela gravadora Sony Music e lançou o CD “Amigos”, com a participação de vários artistas como Roberto Carlos, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros. O trabalho foi um sucesso, celebrado em um espetáculo no Metropolitan (Claro Hall), no Rio de Janeiro, e um especial na Rede Globo. O disco vendeu mais de 500 mil cópias.

A cantora Ângela Maria, amiga de Cauby Peixoto, se emocionou no tributo ao cantor na Virada Cultural — (Foto: Flavio Moraes/G1)

 

 

 

 

A cantora Angela Maria morreu em 29 de setembro de 2018 aos 89 anos em São Paulo, em decorrência de uma infecção.

 

Conforme noticiou no começo do mês de setembro o colunista do UOL Flávio Ricco, a Globo prepara uma minissérie sobre a trajetória da cantora, com direção artística de Denise Saraceni e prevista para ir ao ar em 2019.

 

 

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/musica – DIVERSÃO / MÚSICA – 30 SET 2018)

(Fonte: https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2018/09/30 – NOTÍCIAS / ENTRETÊ  / MÚSICA / Do UOL, em São Paulo – 30/09/2018)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2018/09/30 – POP & ARTE / MÚSICA / Por Mauro Ferreira, G1 – 

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