André Fernandes Jorge, editor e fundador da Cotovia, que se notabilizou por publicar autores brasileiros

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Sua editora, a Cotovia, se notabilizou por publicar autores brasileiros

 

Responsável pela edição e pela divulgação de poesia e de textos de teatro, mas também de ensaio e ficção, o seu nome confundia-se com o da sua editora.

 

André Jorge, fotografado em 2008 (Foto: DANIEL ROCHA/Divulgação)

André Jorge, fotografado em 2008 (Foto: DANIEL ROCHA/Divulgação)

 

 

André Fernandes Jorge (Lisboa, 19 de agosto de 2016), foi um dos editores que mais publicou autores brasileiros em Portugal, editor e fundador da Cotovia que publicou centenas de obras e se destacou na divulgação da poesia e dos textos dramatúrgicos.

 

Em 1988, ele fundou, junto com o seu irmão, João Miguel Fernandes Jorge, a Cotoviauma das raras editoras de seu país que publica teatro regularmente, além de poesia e ensaio. O poeta acabaria por se desligar do negócio e a Cotovia continuou, destacando-se pela sua aposta nas áreas do ensaio, da ficção, da poesia e do teatro, publicando muitos autores das diferentes latitudes da lusofonia e confundindo-se com a figura de André Jorge.

 

André Jorge foi responsável pela edição, pela primeira vez em língua portuguesa, de vários autores de renome internacional, e também pela descoberta e promoção de alguns autores rapidamente reconhecidos como os ‘novos’ da literatura portuguesa. A editora começou seus trabalhos com uma nova tradução para o português da “Odisseia” e da “Iliada”, de Homero. Hoje, já soma 700 títulos e mais de 350 autores.

 

Nos últimos anos, a Cotovia criou um forte vínculo com a literatura brasileira, publicando autores como Bernardo Carvalho, Milton Hatoum, Nuno Ramos, João Antônio, Rubens Figueiredo e Adélia Prado, além de clássicos como Machado de Assis, Graciliano Ramos e João Cabral de Melo Neto. Os últimos livros editados por Jorge na editora foram “O Azul do Filho Morto” e “Bangalô”, do paulistano Marcelo Mirisola.

 

André Fernandes Jorge faleceu em 19 de agosto de 2016, aos 71 anos, em Lisboa, vítima de um linfoma. 

Numa nota enviada esta tarde às redações, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, também já lamentou a morte do editor e fundador da Cotovia, reconhecendo o seu “legado literário, demonstrado no valor do catálogo que publicou ao longo das últimas décadas”.

(Fonte: https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPSILON/ Por JOANA AMARAL CARDOSO e INÊS NADAIS – 19/08/2016)

(Fonte: Zero Hora – ANO 53 – Nº 18.548 – 20 e 21 de agosto de 2016 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 31)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/livros  – CULTURA – LIVROS – POR O GLOBO – 19/08/2016)

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