Allan Manings, roteirista e produtor de televisão, foi co-autor da primeira série cômica centrada na figura de uma mulher divorciada

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Allan Manings (Newark, 28 de março de 1924 – Beverly Hills, Califórnia, 12 de maio de 2010), roteirista e produtor de televisão. Ex-Presidente do Sindicato dos Roteiristas Americanos – WGA, Manings foi co-autor de “One Day At a Time”, primeira série cômica centrada na figura de uma mulher divorciada. Manings também era padrasto da atriz Meredith Baxter, da série “Caras e Caretas/Family Ties”.

Manings nasceu no dia 28 de março de 1924 em Newark, Nova Jersey. Serviu o exército durante a 2ª Guerra Mundial, iniciando sua carreira de roteirista nos anos 50. Entre as séries para as quais escreveu estão “Leave It To Beaver”, “Petticoat Junction”, “McHale’s Navy” e “O Show da Lucy”. Nos anos 60, foi responsável pela equipe de roteiristas do humorístico “Roawan & Martin’s Laugh-In”, programa que lançou Goldie Hawn e Lilly Tomlin. Com esse programa, Mannings foi indicado quatro vezes ao Emmy, recebeu uma estatueta em 1968.

Ao longo dos anos 70 Mannings escreveu episódios de “Good Times”, para a qual também atuou como produtor. Em 1975 estreou sua primeira série, “One Day At a Time”, criada em parceria com a esposa, Whitney Blake, que ficara famosa nos anos 60 ao integrar o elenco de “Hazel”. A sitcom “One Day at a Time” era um projeto antigo de Norman Lear, produtor da série, que desejava apresentar a história de uma mulher divorciada.

Esse estado civil da mulher (ou do homem) sempre foi evitado nas séries de TV americanas, em especial as comédias, por ser considerado um tema tabu. Para se ter uma ideia, a personagem Mary Richards, de “Mary Tyler Moore”, precisou alterar seu estado civil, de divorciada, para solteira que desmanchou um noivado.

Primeiro, porque os produtores não queriam que o público pensasse que Mary Tyler Moore, intérprete da personagem, tivesse se ‘divorciado’ de Dick Van Dyke, ator com quem trabalhou na sitcom “Comédias Dick Van Dyke”, dos anos 60, na qual interpretou sua esposa. Em segundo lugar, por temor de que o público não aceitasse acompanhar a história de uma mulher divorciada.

Homem de opiniões políticas e sociais fortes, Mannings se auto-exilou no Canadá durante o período do McCarthismo nos EUA. Essa experiência afetou profundamente seus textos e sua vida, sendo que seu último trabalho, a peça “Goodbye Louie”, trata do impacto da caça às bruxas na indústria do entretenimento em Hollywood. A peça teve uma montagem no final de 2010 em Los Angeles.

Allan Manings faleceu em Beverly Hills, na Califórnia, aos 86 anos de idade no dia 12 de maio de 2010, vítima de uma parada cardíaca, enquanto fazia uma consulta com seu oncologista. Diagnosticado com câncer no esôfago, Manings tinha sido submetido recentemente a uma cirurgia.

(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/falecimentos -NOVA TEMPORADA/ Por: André Fuentes e Fernanda Furquim – 

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