Alceo Bocchino, maestro, compositor e pianista que conviveu e colaborou com Camargo Guarnieri e Francisco Mignone

0
Powered by Rock Convert

 

 

Um dos mais importantes nomes da música clássica brasileira

Alceo Bocchino (Curitiba, 30 de novembro de 1918 – Rio de Janeiro, 7 de abril de 2013) , maestro, compositor e pianista brasileiro

Seu amor pela música, ilimitado, o transformou em um verdadeiro motor em ação: fundou a orquestra da Rádio MEC, foi regente titular da Orquestra Sinfônica Nacional (RJ) por 13 anos, este à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira (RJ) como presidente da comissão artística por quatro anos (assistindo o maestro Eleazar de Carvalho), entre outros fatos, além de ter sido o fundador da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, bem como da OSP-Orquestra Sinfônica do Paraná. Conviveu e colaborou com Camargo Guarnieri e Francisco Mignone.

Sua enorme capacidade de leitura à primeira vista, mesmo de obras extremamente complexas, fez com que Villa-Lobos encontrasse nele o principal revisor de suas obras recém escritas. Villa-Lobos o chamava, por esse motivo, carinhosamente, de “cachorrão”.

Nascido em Curitiba no ano de 1918, morava no Rio de Janeiro desde 1946. Músico de altíssima competência e com uma audição absolutamente perfeita Bocchino foi fundador e maestro de diversas orquestras. 

Cronologicamente a função mais importante que teve foi a de fundador e diretor musical da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, um projeto sancionado pelo então presidente Juscelino Kubitschek. Mas Bocchino atuou também como maestro titular da Orquestra Sinfônica Brasileira de 1963 a 1965. Neste seu período junto à Rádio Nacional fez algo que é comum nos dias de hoje, mas que era uma novidade no fim dos anos 50: trabalhar conjuntamente com músicos ligados à MPB. Na Rádio Mayrink Veiga foi arranjador de Carlos GalhardoOrlando SilvaSílvio Caldas e Nelson Gonçalves.

Artistas do nível de Tom Jobin, Paulo Tapajós e Radamés Gnatalli atuaram com frequência com o maestro paranaense, sem impedi-lo de realizar obras extremamente complexas. Exemplo de sua competência vem de uma informação pouco conhecida hoje em dia .Foi ele, junto com o grande pianista húngaro György Sándor, a executar pela primeira vez no Brasil os três concertos para piano de Bela Bartók. Foi também o regente da tardia estreia brasileira do Réquiem de Brahms, e o responsável pela estreia do Quinto concerto para piano e orquestra de Villa-Lobos com a célebre pianista Felicja Blumenthal. Seu amor pela música francesa fez com que obras de Debussy Ravel soassem de forma absolutamente convincente.

 

Como compositor Bocchino deixou poucas obras, mas que são todas de uma excepcional qualidade. Ele mesmo dizia que era um compositor “de horas vagas”. Insisti com ele para que tirasse da gaveta a sua Suíte Miniatura para orquestra de 1954. Depois de ouvi-la sob minha regência o maestro resolveu expandi-la, e foi desta forma que gravou a obra no primeiro LP da Sinfônica do Paraná no fim dos anos 80. Destaco aqui a qualidade de seu Quarteto de Cordas de 1949.

Embora houvesse fixado residência no Rio de Janeiro na década de 1940, viajou pelo mundo.

Alceo Bocchino, faleceu em 7 de abril de 2013, aos 94 anos, no Rio de Janeiro

 

(Fonte:  http://blogs.estadao.com.br/alvaro-siviero/falece-o-maestro-alceo-bocchino-fundador-da-osp/ NOTÍCIAS – ÁLVARO SIVIERO – 7.abril.2013)

(Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/falando-de-musica/ Falando de Música – 07/04/13)

 

 

 

 

Powered by Rock Convert
Share.