Alan MacDiarmid, o pai dos polímeros condutores, pioneiro de uma nova geração de telas de vídeo, foi laureado com o prêmio Nobel de Química em 2000, pela descoberta e desenvolvimento dos polímeros condutores

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O pai dos polímeros condutores

 

Alan MacDiarmid, pioneiro de uma nova geração de telas de vídeo com a medalha do Nobel (Foto: schools.natlib.govt.nz/Reprodução)

Alan MacDiarmid, pioneiro de uma nova geração de telas de vídeo com a medalha do Nobel (Foto: schools.natlib.govt.nz/Reprodução)

 

Alan Graham MacDiarmid (Masterton, Nova Zelândia, 14 de abril de 1927 – Drexel Hill, Pennsylvania, 7 de fevereiro de 2007), químico neozelandês naturalizado americano, foi laureado com o prêmio Nobel de Química em 2000, pela descoberta e desenvolvimento dos polímeros condutores, pioneiro de uma nova geração de telas de vídeo.

MacDiarmid atuava como professor do Departamento de Química da Universidade de Pensilvânia (EUA). Era doutor em Química pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, e pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

O neozelandês MacDiarmid, ganhou o Nobel de Química no ano 2000, juntamente com Alan Heeger e Hideki Shirakawa, pela descoberta e o desenvolvimento de polímeros condutivos, plásticos capazes de conduzir eletricidade.

Também conhecidos como “metais sintéticos”, esses materiais têm um sem-número de possibilidades de uso na indústria. As primeiras descobertas feitas pelo pesquisador MacDiarmid na área datam de 1973. 

A descoberta levou à criação de novos tipos de telas de vídeo, inclusive para celulares, em substituição ao cristal líquido e às telas de plasma.

McDiarmid foi o terceiro neozelandês a ganhar o Nobel de Química, depois dos cientistas sir Ernest Rutherford e Maurice Wilkins.

Embora tenha nascido e estudado na Nova Zelândia, MacDiarmid vivia e trabalhava nos Estados Unidos desde 1950.

Além do Nobel, MacDiarmid recebeu muitos outros prêmios, incluindo vários da Sociedade de Química Americana, a Medalha Centenário e o prêmio mais importante da Real Sociedade Neozelandesa, a Medalha Rutherford.

Publicou mais de 600 artigos científicos nas mais prestigiosas revistas, além de possuir mais de 25 patentes no campo dos polímeros orgânicos condutores. Foi agraciado com prêmios em diversos países, como Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e China.

“Nós vamos ver um mundo visualmente mais brilhante e em movimento ao nosso redor no futuro, e seu trabalho tornará os eletrônicos muito mais onipresentes e mais baratos”, disse o professor Paul Callaghan, da Universidade Victoria, da Nova Zelândia.

MacDiarmid morreu após sofrer uma queda na Filadélfia, ele sofria de um tipo raro de leucemia, aos 79 anos, informou a primeira-ministra neozelandesa, Helen Clark.

“Ele será lembrado por importantes feitos científicos, por ser um ser humano maravilhoso, por sua tremenda generosidade de espírito, por seu orgulho em ser neozelandês e por sua contribuição de serviço com o nosso país”, disse Clark.

EMBRAPA

MacDiarmid teve uma relação muito intensa com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Participou ativamente da formação de quadros, pesquisas e desenvolvimento da Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP). Naquela Unidade da Empresa ajudou a criar o Instituto Alan MacDiarmid de Inovação e Negócios, destinado a alavancar inovações e negócios na cadeia do agronegócio, utilizando a experiência daquela Unidade, baseada na cooperação internacional e nas parcerias com outras instituições de ensino, de pesquisa e com a iniciativa privada.

Língua Eletrônica – Uma das tecnologias da Embrapa desenvolvidas com a colaboração de MacDiarmid foi a Língua Eletrônica, que leva em sua composição polímeros condutores (plásticos que conduzem eletricidade). Os sensores diferenciam sem dificuldade os padrões básicos de paladar, doce, salgado, azedo e amargo, em concentrações abaixo do limite de detecção do ser humano. O equipamento é dez mil vezes mais sensível que o paladar humano.

Ultimamente Alan MacDiarmid estava envolvido em uma série de projetos de pesquisa da Embrapa relacionados à agroenergia e à energia renovável. Um deles inclusive envolvendo a Empresa e diversos parceiros, como as Universidades de São Paulo (USP) e de São Carlos (UFCar), sobre o desenvolvimento de célula combustível a partir de biomassa. No final do ano passado o cientista neozelandês articulou com representantes de diversos países o lançamento, na China, da criação do Fórum Mundial de Energia Renovável – a Embrapa participou também desse trabalho.

Em novembro de 2005, Alan MacDiarmid esteve presente em uma Reunião Geral de Chefes da Embrapa, em Brasília. Ele proferiu a palestra “Agroenergia: o futuro que nos reserva”. É do cientista a frase: “o mundo precisa da expertise brasileira em combustíveis renováveis, pois eles são a melhor resposta para os três maiores problemas da humanidade nos próximos anos – energia, água e alimentos – e contribuem também para solucionar outros problemas tão importantes, como meio ambiente, pobreza, doenças, educação, terrorismo e guerra”.

Segundo ele, assim como os relógios mecânicos de alta precisão foram substituídos pelos eletrônicos, os motores à explosão serão trocados nos próximos anos por motores elétricos alimentados por células de combustível usando ar, álcool e biodiesel.

“O Brasil já mostrou ao mundo que os biocombustíveis são possíveis e que podemos ter ao mesmo tempo fazendas produzindo alimentos e fazendas produzindo energia. Vocês deram o exemplo e o mundo já despertou para isso. Agora vocês tem a responsabilidade de continuar liderando essa fronteira”, setenciou ele.

O vencedor do Prêmio Nobel de Química também participou, no ano passado, do Workshop Internacional sobre Desenvolvimento da Agricultura Tropical (IWTAD), promovido pela Embrapa, pelo Banco Mundial e pelo Grupo Consultivo em Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR).

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte – POP & ARTE/ NOTÍCIAS/ por (AFP) – WELLINGTON, 8 fev – 08/02/2007)

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(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2007/02/08/ult32u16128 – WELLINGTON (AFP) – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – 08/02/2007)

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(Fonte: http://www.paginarural.com.br/noticia/nova-zelandia- NOTÍCIAS/ por Robinson Cipriano e Joana Silva – 8 de fevereiro de 2007)

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