Aladár Pege, músico húngaro conhecido como “o Paganini do contrabaixo”, que se movia entre o jazz e o erudito

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Aladár Pege (Budapeste, 8 de outubro de 1939 – 23 de setembro de 2006), músico húngaro conhecido como “o Paganini do contrabaixo”, que se movia entre o jazz e o erudito com igual facilidade e levou o pesado instrumento de cordas para uma posição de destaque nas salas de concerto.

Nascido numa família de músicos ciganos a 8 de outubro de 1939, em Budapeste, Pege só começou a tocar aos 15 anos, mas depressa chamou a atenção dos professores do Bela Bartok Musical Training College e de outros músicos com quem tocava em grupos de jazz.

Depois de concluir os estudos na Liszt Ferenc Music Academy, na capital húngara, em 1969, tornou-se assistente na escola, antes de ocupar o lugar de professor.

Estudou, entre outros, com Rainer Zappernitz – o solista de baixo dirigido por Herbert von Karajan na Filarmônica de Berlim, na Berlim ocidental dos anos de 1970.

O seu Jazz Ensemble, que formou em 1963, depressa ganhou reconhecimento internacional e as suas atuações, em 1982, em Bombaim e no Carnegie Hall de Nova York, com Herbie Hancock, foram muito aclamadas.

Entre o público do concerto de Nova York estava a viúva de Charlie Mingus, que lhe ofereceu o baixo do marido.

Antes disso, Pege foi nomeado o «Virtuoso do Festival» em 1964, num evento de jazz em Praga e o «Melhor Solista da Europa» no Festival de Jazz de Montreux de 1970.

Nas suas actuações mais memoráveis incluem-se as gravações em dueto com o pianista Walter Norris e as digressões com Mingus Dinasty. Tocou também com Art Farmer, Albert Mangelsdorff e Dexter Gordon.

Um notável virtuoso com um profundo conhecimento das capacidades do baixo, Pege, a quem os críticos respeitosamente chamavam «Pegenini», passou nos seus últimos anos para as obras clássicas, muitas vezes transcrevendo e interpretando peças escritas para outros instrumentos, devido ao limitado repertório solista do baixo.

Foi-lhe atribuída a mais alta distinção do seu país para artistas, o Prêmio Kossuth, em 1982.

Aladar Pege morreu aos 67 anos, em 23 de setembro de 2006.

(Fonte: http://diariodigital.sapo.pt – DIÁRIO DIGITAL – TV & CINEMA – 25-09-2006)

 

 

 

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