Akio Morita, fundador e diretor do conselho da empresa japonesa Sony. Inventou o walkman

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Akio Morita, o legendário presidente da Sony

Akio Morita (news.investors.com)

Akio Morita (news.investors.com)

Akio Morita (Nagoya, 26 de janeiro de 1921 – Tóquio, 30 de novembro de 1993), empresário, fundador e diretor do conselho da empresa japonesa Sony, a gigante global da eletrônica miniaturizada e símbolo do Japão devorador de mercados.

Inventor do walkman e um dos mais conhecidos homens de negócios do Japão.

Akio Morita, engenheiro que ajudou a fundar a empresa japonesa de eletrônica Sony e criou o walkman, foi um dos revolucionários que transformaram a economia japonesa, arrasada após a 2.ª Guerra Mundial.

Celebrizado pelo estilo franco e direto, Morita chegou a ser considerado ousado demais pelo empresariado japonês, extremamente conservador.

Junto com Masaru Ibuka (1908-1997), ele fundou uma das maiores companhias mundiais no ramo da eletrônica.

Akio Morita & Masaru Ibuka  (allday.com)

Akio Morita & Masaru Ibuka (allday.com)

Morita fundou a Sony – do latim sonus (som) com o inglês sunny (ensolarado) – em 1946, sobre os escombros de uma loja bombardeada pelos americanos. Seu estilo incansável de trabalho foi forjado no fracasso em comandar a fábrica de saquê da família, baseada em Nagoya.

Quando, na década de 40, juntou meia dúzia de amigos no fundo de quintal num Japão destruído do pós-guerra e montou uma empresa para fabricar produtos eletrônicos, Morita mostrou que era um homem inteligente. Ao fazer da Sony um dos maiores e mais ousados grupos empresariais do planeta, ficou claro que suas habilidades beiram a fronteira da genialidade.

Supremo samurai da agressividade japonesa, cuja espada afiada cortou fatias de concorrentes na Europa e nos Estados Unidos, Morita lançou um alerta que soou como música no Ocidente e golpeou a cabeça dos empresários no Japão. “Chega de ganhar todas a qualquer custo em qualquer mercado do mundo. O Japão tem que passar a ser visto como um parceiro e não como um estrangulador de mercados”, escreveu Morita no número de fevereiro de 1992 da revista japonesa Bungei Shunju“As empresas japonesas pagam mal seus empregados, remuneram os acionistas de forma mesquinha, não têm compromissos com a comunidade e abusam dos recursos ambientais, escreveu o presidente da Sony.

O Morita pacificador mostra o mesmo estilo demolidor do guerreiro de 1990 quando fazia sucesso no mundo o livro O Japão que Sabe Dizer Não, do deputado ultradireitista Shintaro Ishihara. Morita foi co-autor do livro, mas desautorizou a inclusão de seu texto nas versões publicadas no Ocidente.

O livro era um grito de libertação de uma pequena província que se tornara a segunda maior potência industrial do planeta com um PIB de 2,8 trilhões de dólares, mas que se sentia tratada como uma tribo exótica e submissa. Os autores reclamavam que o Ocidente não compreendia a cultura oriental.

 

Shintaro Ishihara (AFP PHOTO / Yoshikazu TSUNO)

Shintaro Ishihara (AFP PHOTO / Yoshikazu TSUNO)

 

O discurso de paz de Morita serviu como excelente relações públicas para a Sony. Nenhuma outra empresa japonesa dependeu mais de uma boa fachada no Ocidente do que a Sony, que se tornou nos Estados Unidos uma marca de identificação à época cada vez mais cultural do que tecnológica.

Morita descobriu cedo que um produto eletrônico de consumo popular não é apenas uma carcaça de plástico recheada de transistores e fios. Para se tornar um sucesso mundial, além de ter qualidade, ele deve significar também um estilo de vida valorizado pelos consumidores da sociedade onde é vendido.

Quando o negócio é vender no Ocidente, é preciso satisfazer o gosto ocidental. A empresa comprou a gravadora CBS e os estúdios de cinema da Columbia Pictures, nos Estados Unidos.

Sob sua direção, a Sony internacionalizou as operações antes de vários concorrentes japoneses e atualmente 70% de suas vendas são feitas no exterior.

Morita foi internado para retirada de um tumor no cérebro, dia 30 de novembro de 1993, em Tóquio e, não voltou mais ao comando da empresa.

Ele havia passado seus últimos anos no Havaí, recuperando-se de um derrame cerebral que o afastou do comando da empresa, em novembro de 1993. 

(Fonte: Veja, 8 de dezembro de 1993 -– ANO 26 – Nº 49 – Edição 1317 –- Datas -– Pág; 124)

(Fonte: Veja, 11 de março de 1992 -– ANO 25 – Nº 11 – Edição 1225 -– COMPETIÇÃO -– Pág: 66/67)

(Fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/10/tributo – TRIBUTO – 13 de outubro de 1999)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/12/20/cotidiano/41 – FOLHA DE S. PAULO – COTIDIANO – DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS – 20 de dezembro de 1997)

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