Ahmed al Chalabi, político que apoiou invasão dos EUA
O líder do partido do Congresso Nacional Iraquiano foi um dos principais opositores ao regime de Saddam Hussein
Ahmed al Chalabi (Kadhimiya, Iraque, 30 de outubro de 1944 – Kadhimiya, Iraque, 3 de novembro de 2015), controvertido dirigente político iraquiano Ahmed al Chalabi, cujas informações favoreceram a invasão americana do Iraque em 2003
Aos 70 anos e de confissão xiita, Chalabi era o líder do partido do Congresso Nacional Iraquiano e presidente da comissão financeira do parlamento.
Ele foi um dos principais opositores ao regime de Saddam Hussein e informou, aos Estados Unidos, sobre a suposta existência de armas de destruição em massa no Iraque para facilitar a intervenção militar.
Nascido em 1945 em uma rica família que trabalhava no setor bancário, Chalabi viveu a maior parte de sua vida em outros países do Oriente Médio e no Reino Unido, até voltar em meados da década dos anos 90, quando tentou organizar uma rebelião desde o norte do Iraque.
O político retornou de novo em 2003, após a queda de Saddam, com intenção de chegar ao poder, embora suas ambições políticas tenham sido frustradas e ter que se contentar com o posto de vice-primeiro-ministro em 2006.
Suas relações com os Estados Unidos passaram de muito estreitas a conflituosas. Ele chegou a ser acusado pelo governo americano de espião do Irã.
Antes da invasão, seu grupo de oposição no exílio, o Congresso Nacional Iraquiano, que estava financiado por Washington, forneceu aos Estados Unidos descrições de fábricas de armas biológicas portáteis de Saddam.
O secretário de Estado americano em 2003, Colin Powell, usou esses dados em um comparecimento no Conselho de Segurança da ONU para justificar a necessidade de uma intervenção militar no Iraque.
O deputado Chalabi morreu em sua casa, no bairro de Al Kazemiya, de maioria xiita, em Bagdá, em 3 de novembro de 2015, vítima de um ataque cardíaco.
O presidente iraquiano, Fouad Massoum, lamentou a morte de Chalabi qualificando como: “grande perda para o país”.
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/asia – NOTÍCIAS – MUNDO – ÁSIA – EFE – 3 NOV 2015)