Adolf Hitler, líder nazista e temido chanceler do Terceiro Reich

0
Powered by Rock Convert

Cercado pelas tropas russas no seu ‘bunker’ em Berlim, Adolf Hitler se mata

Em 30 de abril de 1945, líder nazista e sua mulher se suicidam na Chancelaria do Reich, sede do governo alemão, um dia após casamento. Em Portugal, Salazar decreta luto oficial

Adolf Hitler (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 – Berlim, 30 de abril de 1945)líder nazista e ditador alemão, que não conhecia limites e que arrastava multidões ao delírio.

 

A exaltação ao passado mitológico da Alemanha e à criação de uma identidade nacional coletiva reverbera em cada um dos atos do poderoso Führer, que ganhou, desde sua nomeação como chanceler, em 1933, o apoio das massas às suas promessas de esplendor para o Terceiro Reich. Em uma escalada vertiginosa, Hitler fundou o partido nazista, perseguiu e silenciou opositores internos, reergueu as forças armadas e dedicou-se a restaurar a glória do Império Alemão. A invasão e a conquista da Polônia, em jogada do ditador, despertou a ira de França e Grã-Bretanha e colocou a Europa outra vez em guerra. 

Dois dias após a execução do ditador italiano Benito Mussolini, o mundo recebeu a notícia que simbolizava o capítulo final da Segunda Guerra na Europa: Adolf Hitler estava morto. Em 30 de abril de 1945, com a máquina militar alemã destroçada e encurralado pelos russos em seu bunker em Berlim, Hitler se matou. O suicídio se deu seis anos depois de as tropas nazistas invadirem a Polônia e, aliadas à Itália fascista de Mussolini e ao Japão, levarem o mundo ao seu pior conflito. Ao fim do confronto entre as três potências do Eixo e os Aliados, liderados por Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra, mais de 50 milhões de pessoas haviam sido mortas, boa parte exterminadas em campos de concentração da Alemanha.

Nos dias anteriores ao suicídio, uma verdadeira caçada ao ditador nazista havia se travado nas ruas de Berlim. Notícias vindas de Moscou, publicadas pelo GLOBO na edição de 27 de abril, revelavam que os soviéticos estavam na cidade “remexendo todos os escombros e todos os edifícios para encontrar o Führer (o líder nazista)”. As tropas soviéticas já se localizavam a “800 metros do QG de Hitler na capital do Reich”, com a cidade cercada por homens, tanques, canhões e aviões.

Quando as tropas russas estavam a apenas 30 metros da Chancelaria do Reich, a sede do governo alemão, por volta das 15h30m do dia 30 de abril, Hitler se matou, aos 56 anos (nascera em 20 de abril de 1889). Ele e sua mulher, Eva Braun, de 33 anos, com quem se casara na noite anterior, se retiraram para a suíte do Führer no imenso abrigo sob os jardins do prédio e se mataram. Hitler tinha se convencido de que não havia chance de reviravolta na guerra. Ele ainda ditou um testamento político, no qual, sem qualquer crise de consciência pela morte de 6 milhões de judeus, além de milhares de ciganos, homossexuais e adversários políticos, responsabilizava “os agentes do judaísmo internacional” pela guerra. No mesmo documento, nomeava chanceler o ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, e o almirante Karl Dönitz como chefe de Estado. Goebbels seguiu o chefe e, no dia seguinte, matou os seis filhos e se suicidou, junto com a mulher. No dia 8 de maio de 1945, finalmente a Alemanha capitulava, marcando o desfecho da guerra na Europa.

Enquanto o mundo comemorava o fim do conflito em território europeu (a rendição do Japão se daria somente em setembro), em Portugal a reação oficial era diferente. A ditadura de Antônio Oliveira Salazar decretou luto oficial no país pela morte de Hitler. Em igrejas de Lisboa, missas também foram celebradas pelas almas do líder do Partido Nacional Socialista alemão e de Mussolini. O luto decretado pelo regime salazarista provocou forte indignação de líderes da resistência europeia, muitos deles abrigados em Paris e outras cidades da França.

Os momentos que antecederam a morte de Hitler também foram de deserção. Ao contrário de colaboradores próximos que anteviam a derrota — muitos fugiram de Berlim —, Hitler não admitia que o “Reich de mil anos” chegara ao fim. Naqueles dias, não lembrava em nada o líder enérgico que mobilizara a máquina de guerra e os alemães para a aventura megalomaníaca de arianização do mundo e antissemita: estava abatido, exausto, com olheiras profundas e doenças como labirintite e mal de Parkinson, além de um “prurido insuportável que se espalhava pelo corpo”, segundo relato de seu mordomo. É dele a versão que vigorou durante décadas: Hitler teria se matado com um tiro na boca, Eva ingerido veneno. Outras versões falavam de tiro na cabeça e veneno, ou simplesmente de veneno para os dois. Até hoje não se sabe ao certo: horrorizado com as mortes de Mussolini e da sua amante, Clara Petacci — fuzilados pela resistência italiana, depois pendurados pelos pés e malhados numa praça de Milão —, o Führer teria mandado que seu corpo e o de Eva Braun fossem incinerados pelos seus serviçais.

Os russos disseram não ter encontrado os restos do ditador nazista. Stalin chegou a divulgar uma versão de que Hitler teria fugido, mas nos anos 90, com a abertura política, uma nova verdade saiu dos arquivos de Moscou: os asseclas de Hitler despejaram 180 litros de gasolina sobre seu corpo e o de Eva, mas estes não teriam sido totalmente consumidos. Os russos encaixotaram os restos mortais do ditador e os enterraram numa base militar em Magdeburg, no setor soviético da Alemanha. Stalin temia que o local virasse objeto de culto. Em 1970, o mesmo temor teria levado o chefe da KGB, o serviço secreto soviético, Yuri Andropov, a ordenar a destruição definitiva dos restos mortais de Hitler. Depois da guerra e até recentemente, surgiram outras versões, sempre contestadas, de que Hitler teria fugido para a América do Sul, se escondendo na Argentina e até no Brasil.

(Fonte: http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/cercado-pelas-tropas-russas-no-seu-bunker-em-berlim-adolf-hitler-se-mata-16018175#ixzz3YpNvRNaG – Fatos Históricos – MUNDO – Gustavo Villela – Publicado: 29/04/15) © 2015.

 

 

 

 

 

O que passou à História como “A Noite dos Cristais” constituiu um exemplar atestado do ódio pelos judeus que Hitler sentia e estimulava – uma pedra basilar, e sinistra, de todo o período nazista vivido pela Alemanha.

Nessa noite, a 10 de novembro de 1938, hordas nazistas saíram às ruas de Berlim indignadas, para vingar a morte, em Paris, de um diplomata do Reich assassinado por um jovem judeu polonês de 17 anos. Em algumas horas de absoluto vandalismo, 35 judeus foram mortos, milhares de outros detidos, 119 sinagogas destruídas, cerca de 7 500 lojas invadidas e depredadas – e os vidros das vitrinas, estilhaçados no chão, carimbaram o episódio em seu triste título.

Os diários de Hitler trazem surpresas a respeito: revelam um Führer insatisfeito com as dimensões da vingança e aparentemente sem o controle pleno da máquina nazista. “Não é admissível, com todo esse vidro quebrado, que nossa economia, por causa de alguns cabeças-quentes, perca milhões e milhões”, registra o diário. “Esses homens ficaram loucos? O que vão pensar no exterior?”

Hitler, conforme o texto, bradava apenas contra os prejuízos econômicos, as repercussões desfavoráveis no exterior e a autonomia dos grupos mais radicais que foram além do planejado. Ele cita em certos momentos “soluções” como retirar da Europa as populações de origem judaica para observar em seguida que “ninguém vai recebê-los”. Comenta depois a ideia de lhes dar um território na Hungria.

Essa última ideia reaparece numa frase em 1942, quando o general da SS Reinhard Heydrich (1904-1942) informou à cúpula nazista sobre “a solução final para o problema judaico” – ou seja, o extermínio em massa. Mas Hitler em seus diários trata desse encontro com economia de palavras: seria preciso encontrar “algum lugar no Leste da Europa”, escreveu, onde os judeus “pudessem alimentar-se sozinhos”.

Para quem usou o anti-semetismo como mola-mestra de seu regime, o empenho em dissociar-se do extermínio sistemático de milhões de pessoas é ainda um fenômeno à espera de explicação plena, embora seja viável que tentasse fabricar uma imagem para a História – e, de todo modo, ninguém questionasua plena responsabilidade pelo Holocausto.

(Fonte: Veja, 4 de maio de 1983 -– Edição 765 -– INTERNACIONAL – Pág: 58)

 

 

Adolf Hitler ordena a invasão da União Soviética, no contexto da II Guerra Mundial, em 22 de junho de 1941.

(Fonte: Zero Hora – ANO 52 – Nº 18.149 – 22 de junho de 2015 – HOJE NA HISTÓRIA – Pág: 36)

Powered by Rock Convert
Share.