Adolf Butenandt; ganhador do Prêmio Nobel por seu trabalho com hormônios.
TRABALHO PIONEIRO LEVOU AO NOBEL
Adolf Butenandt (nasceu em 24 de março de 1903, em Bremerhaven, Alemanha – faleceu em 18 de janeiro de 1995, em Munique, Alemanha), cientista alemão cujo trabalho pioneiro sobre hormônios sexuais lhe rendeu parte do Prêmio Nobel de Química em 1939 e ajudou a levar ao desenvolvimento da pílula anticoncepcional.
Seu trabalho no isolamento e síntese de diversos hormônios abriu caminho para uma compreensão profunda de seu papel na sexualidade e reprodução humanas e possibilitou o desenvolvimento de pílulas anticoncepcionais.
O governo nazista obrigou o Dr. Butenandt a recusar o Prêmio Nobel, que dividia com Leopold Ruzicka, um croata que trabalhava em Zurique. O Dr. Butenandt só pôde aceitar a medalha de ouro e o diploma em 1949.
Os nazistas impediram seis alemães de aceitarem o Prêmio Nobel depois que o Prêmio Nobel da Paz de 1935 foi concedido a Carl von Ossietzky, um importante jornalista e pacifista alemão, que havia sido enviado para um campo de concentração nazista.
O Sr. Butenandt estudou química, biologia e física, primeiro na Universidade de Marburg e depois em Göttingen. Lá, trabalhou com Adolf Otto Reinhold Windaus (1876 — 1959), recebendo seu doutorado em 1927. O Dr. Windaus ganhou o Prêmio Nobel de Química em 1928.
Um ano depois, o Dr. Butenandt conseguiu isolar a estrona, o hormônio que determina o desenvolvimento sexual feminino, em forma cristalina pura, trabalhando com a urina de mulheres grávidas. Sua descoberta ocorreu quase simultaneamente à de um americano, Edward Doisy (1893 — 1986). Na época, pouco se sabia sobre hormônios sexuais. Em sua forma pura, os únicos hormônios conhecidos eram a adrenalina, a tiroxina e a insulina.
Adolf Butenandt morreu em 18 de janeiro de 1995 em Munique, aos 91 anos. Sua morte ocorreu após uma longa doença, informou a Associated Press.
(Direitos autorais reservados: https://www.nytimes.com/1995/01/19/archives – New York Times/ Arquivos/ Arquivos do The New York Times/ Por David Binder/ Associated Press – 19 de janeiro de 1995)

