A segunda personalidade belga a optar pela eutanásia

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Christian de Duve, um dos pais da biologia celular

Christian de Duve, Nobel da Medicina a segunda personalidade belga a optar pela eutanásia, prática legal na Bélgica.

Nascido no Reino Unido em 1917, filho de pais belgas ali refugiados durante a guerra, de Duve estudou medicina e química na Bélgica. Recebeu o Prêmio Nobel em 1974, pela descoberta de dois tipos de organitos celulares: os peroxisomas, vesículas que contêm enzimas de destoxificação das células, e os lisossomas, cuja função é degradar as partículas que vêm do exterior da célula e reciclar os organitos e outros componentes celulares que já ultrapassaram o seu tempo de vida útil.

De Duve, que trabalhava simultaneamente na Universidade Livre de Bruxelas e na Universidade de Rockefeller em Nova Iorque, partilhou o galardão com o belga Albert Claude (1898-1983), cientista da primeira instituição, e com o norte-americano George Palade (1912-2008), da segunda. Os três foram recompensados “pelas suas descobertas acerca da organização funcional de estrutural das células”, lê-se no comunicado da altura do Comité Nobel. Claude descobrira, entre outras coisas, as hoje célebres mitocôndrias (as baterias das células) e Palade os ribossomas, as “máquinas” celulares que fabricam as proteínas a partir da informação genética contida no ADN.

De Duve decidiu recentemente pôr fim à vida devido ao seu estado de saúde. Mas esperou que o seu filho, que reside nos EUA, pudesse viajar à Bélgica – o que aconteceu no início de Maio, diz a AFP.

A primeira personalidade belga a recorrer à eutanásia naquele país foi o escritor Hugo Claus, em 2008. A Bélgica legalizou a prática, em determinadas circunstâncias, em 2002.

(Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia – CIÊNCIA – PÚBLICO – 08/05/2013)

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