A primeira mulher presidente na história da Etiópia

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Etiópia elege primeira mulher presidente de sua história

 

No país africano, o presidente é eleito pelo Parlamento e exerce a chefia do Estado, mas não a do governo, tendo uma função mais cerimonial

 

 

A diplomata Sahle-Work Zewde, entrou para a história ao ser eleita a primeira presidente mulher da Etiópia. (Foto: Tiksa Negeri/Reuters – 25.10.2018)

 

 

Sahle-Work Zewde foi representante das Nações Unidas na União Africana; presidente da Assembleia Geral e diretora executiva da ONU

 

 

A diplomata Sahle-Work Zewde, de 68 anos, entrou para a história, ao ser eleita a primeira presidente mulher da Etiópia, se tornando também a única chefe de Estado do sexo feminino em todo o continente africano neste momento.

 

 

O Parlamento da Etiópia elegeu em 25 de outubro de 2018, por unanimidade, Sahle-Work Zewde como presidente do país. A primeira etíope que ocupa o cargo representou as Nações Unidas na União Africana.

 

 

A eleição de Zewde foi confirmada em uma sessão conjunta das duas câmaras do Parlamento do país, após seu antecessor, Mulatu Teshome, ter renunciado ao cargo, que ele ocupava desde 2013.

 

 

Quando foi nomeada para exercer essa função, em junho, o secretário-geral da ONU destacou que ela era a primeira mulher ocupando o posto. Antes, Zewde chefiou o Escritório da organização em Nairobi, no Quênia.

 

“Precisamos nos tornar uma sociedade que rejeita a opressão das mulheres”, declarou a recém-eleita presidente da Etiópia. Zewde foi escolhida em meio a uma reforma no gabinete do primeiro-ministro Abiy Ahmed, que estabeleceu que metade de seu ministério será chefiado por mulheres.

 

 

“É um movimento histórico a eleição da embaixadora Sahle-Work Zewde como nova presidente da Etiópia, trazendo consigo as habilidades e a experiência certa”, escreveu o chefe de gabinete do premier etíope, Fitsum Arega.

 

No país africano, o presidente é eleito pelo Parlamento e exerce a chefia do Estado, mas não a do governo, tendo uma função mais cerimonial.

 

 

Antes de ser nomeada, Zewde foi representante especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, para a União Africana (UA). Além disso, ocupou o cargo de diretora-geral da ONU em Nairóbi, capital do Quênia.

 

Diferença

 

 

A presidente da Assembleia Geral, María Fernanda Espinosa, reagiu à eleição da nova chefe de Estado etíope dizendo estar orgulhosa do facto de uma ex-funcionária da ONU se tornar a primeira presidente do país africano. Na saudação feita no Twitter, Espinosa destaca que as mulheres fazem a diferença.

 

 

Na mesma rede social, a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, felicitou a nova presidente etíope dizendo que a data é para comemorar.

O ex-presidente Teshome tinha mandato até 2019, porém renunciou sem dar muitas explicações. A mídia local aponta que sua saída foi para equilibrar a composição das etnias entre os altos cargos do governo. Teshome, assim como Ahmed e o ministro das Relações Exteriores Workneh Gebeyehu, é da etnia Oromo, enquanto a recém-eleita presidente é da etnia Amhara.

Ahmed assumiu o governo no primeiro semestre e vem implantando uma agenda reformista que inclui até uma inesperada paz com a Eritreia, com quem o país estava em estado de guerra havia 20 anos.

Minusca

 

 

Na ONU, Sahle-Work Zewde  ocupou vários cargos, incluindo o de chefe da Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca.

 

 

Em mais de 30 anos de carreira diplomática, Zewde foi embaixadora da Etiópia no Senegal, no Djibuti e na França onde esteve como representante permanente da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

 

 

Em representação do seu país, destacam-se as presenças de Sahle-Work Zewde na Tunísia, no Marrocos, na Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento e no Senegal, com acreditação no Mali, em Cabo Verde, na Guiné-Bissau, na Gâmbia e na Guiné Conacri.

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