A primeira mulher negra a ganhar o Nobel de Literatura

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Foi a primeira mulher negra a ganhar o prêmio Nobel de Literatura

Morrison foi a primeira negra a conquistar o prêmio máximo da literatura internacional.

 

 

Toni Morrison autografa seu livro “Home” durante evento e Nova York, em 2013 — (Foto: AP Photo/Bebeto Matthews, arquivo)

 

Escritora americana, autora de romances como Canção de Salomão (1977) e ‘Amada’ (1987), foi a primeira mulher negra a ser escolhida como Prêmio Nobel de Literatura, em 1993

Obra de 11 romances, textos infantis e ensaios retrata a identidade negra nos EUA.

 

Toni Morrison (Lorain, Ohio, 18 de fevereiro de 1931 – Nova York, 5 de agosto de 2019), escritora e prêmio Nobel de Literatura norte-americana. A escritora teve sucesso de crítica e de público. Escritora foi a primeira mulher negra a receber a distinção na categoria.

Formada em letras pela Howard University, estreou como romancista em 1970, com “O olho mais azul” e se tornou um marco do tratamento da questão racial na literatura inglesa. Em 1975, foi indicada para o National Book Award com “Sula”, e dois anos depois venceu o National Book Critics Circle com “Song of Solomon”. “Amada” lhe valeu o prêmio Pulitzer. Foi a primeira escritora negra a receber o prêmio Nobel de literatura, em 1993. Aposentou-se em 2006 como professora de humanidades na Universidade de Princeton. Seu romance mais recente, “Deus ajude essa criança”, foi publicado no Brasil em 2018.⠀

Frequentou as listas de mais vendidos do jornal “The New York Times” e também teve várias obras indicadas pela apresentadora de TV Oprah Winfrey em seu clube do livro.

A escritora nasceu em 18 de fevereiro de 1931, em Ohio, nos Estados Unidos, Toni Morrison foi a primeira negra a ganhar o Nobel de literatura. Sua obra – composta por 11 romances, textos infantis e ensaios – ficou marcada pelo retrato dos negros em seu país, com foco em personagens femininas.

A estreia como romancista veio em 1970, com “O olho mais azul”. Dentre seus livros mais conhecidos, estão “Sula” (1973), que rendeu indicação ao National Book Award, e “Amada” (1987), com o qual ganhou o Pulitzer, um dos principais prêmios literários dos Estados Unidos.

O filme baseado no livro, que conta a história de uma ex-escrava, foi lançado em 1939 e teve a própria Oprah Winfrey no elenco.

Laureada em 1993 com o prêmio Nobel, é uma força norteadora da nossa consciência nacional e opera no auge da linguagem e da clareza moral. Essa pessoa enigmática em parte foi criada por ela própria.

Nascida como Chloe Wofford em fevereiro de 1931, a escritora com – sua infância em Lorain, Ohio, até chegar a editora na Random House, mãe solteira, professora e escritora.

Morrison era mais conhecida pelo romance Amada, que lhe rendeu o Pulitzer de ficção em 1988. Jazz (1992) e Paraíso (1997) completaram uma espécie de trilogia. Mas mesmo antes de sua conclusão, em 1993, lhe foi atribuído o Prêmio Nobel de Literatura, transformando-a na primeira mulher negra a ser escolhida para a distinção. Segundo o comitê da Academia Sueca, o prêmio foi dado a Morrison, uma escritora “que, em romances caracterizados por força visionária e e teor poético, dá vida a um aspecto essencial da realidade americana”.

Quando anunciou o Nobel para Toni Morrison, a Academia Sueca, responsável pelo prêmio, destacou os “romances caracterizados pela força visionária e importância poética”. Por meio deles, disse a instituição, a escritora deu “vida a um aspecto essencial da realidade americana”.

O seu romance ‘Amada’, no qual uma mãe faz a dura escolha de matar o seu bebê para salvá-lo de uma vida de escravidão, valeu-lhe um Pulitzer em 1988.

Em 2015, ela publicou seu último romance, o décimo primeiro, intitulado Deus Ajude Essa Criança (9 de seus livros foram publicados no Brasil pela editora Companhia das Letras).

Antes de se tornar uma autora conhecida mundialmente, Morrison trabalhou como editora para a Random House por 19 anos, revelando uma geração de escritores afro-americanos como Angela Davis, Gayl Jones e Toni Cade Bambara. Ela também foi professora da Universidade de Princeton entre 1989 e 2006.

Apoio a Barack Obama

Em 2008, Toni Morrison deu seu apoio ao então senador Barack Obamana disputa pela indicação à presidência pelo Partido Democrata.

Anos antes, em um ensaio publicado em 1998 pela revista The New Yorker, Toni Morrison escreveu que, “apesar da cor branca de sua pele, Bill Clinton é o nosso primeiro presidente negro”.

“Mais negro do que qualquer pessoa real que possa ser eleita durante a vida de nossos filhos.”

O ex-presidente dos Estados Unidos comentou a morte da escritora. “Toni Morrison era um tesouro nacional, boa como contadora de história e cativante pessoalmente do mesmo jeito que em suas páginas”, escreveu em um post dia (6).

Toni Morrison recebe a Medalha Presidencial da Liberdade das mãos de Barack Obama, em 2012 — (Foto: AP Photo/Carolyn Kaster, arquivo)

 

Toni Morrison faleceu em 5 de agosto de 2019, aos 88 anos, no Montefiore Medical Center, em Nova Iorque.

O blog da Companhia das Letras, que edita Toni Morrison no Brasil desde o final dos anos 1990, publicou uma nota em que lamenta a morte da autora e cita um trecho do discurso dela ao receber o Nobel:

“Nós morremos. Esse pode ser o significado da vida. Mas nós fazemos linguagem. Essa pode ser a medida de nossas vidas”.

 

Toni Morrison durante cerimônia no Ministério da Cultura em Paris — (Foto: REUTERS/Philippe Wojazer/Arquivo)

 

(Fonte: https://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura – NOTÍCIAS / LITERATURA / CULTURA / Por Redação, O Estado de S. Paulo – 06 de agosto de 2019)

(Fonte: https://alias.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS / GERAL / Por Bilal Qureshi, The Washington Post – 06 de julho de 2019)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2019/08/06 – POP & ARTE / NOTÍCIA / Por G1 – 06/08/2019)

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.471 – 7 de AGOSTO de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)

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