A primeira mulher a ser comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Minas (CBMMG)

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Jordana Daldegan, 1ª mulher comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Minas

 

 

Jordana de Oliveira assume o comando-geral da corporação no lugar do coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho (Fernando Michel / Hoje em Dia)

Jordana de Oliveira assume o comando-geral da corporação no lugar do coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho (Fernando Michel / Hoje em Dia)

 

Após 113 anos, a coronel assume o comando da corporação no lugar do coronel Erlon Botelho

Coronel Jordana de Oliveira Filgueiras Daldegan assumiu o comando-geral do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais — (Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros de MG)

 

 

Tomou posse na terça-feira (4) a primeira mulher a ser comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Minas (CBMMG). A solenidade ocorreu em Belo Horizonte. Após 113 anos, a coronel Jordana de Oliveira Filgueiras Daldegan assume o lugar do coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho.

“Acho que todos podem imaginar a emoção desse momento. O que vem agora é muita responsabilidade para dar continuidade ao trabalho de uma corporação presente em todo o Estado”.

Comandante-Geral

Ao longo da carreira, a coronel Jordana de Oliveira ocupou diversas posições de destaque na corporação, incluindo a subchefia da Seção de Planejamento Operacional do Estado-Maior, o subcomando do 3º BBM, a chefia da Assessoria de Comunicação do CBMMG e, mais recentemente, a Diretoria de Assuntos Institucionais.

Ela  é especialista em Administração Pública, com enfoque em Gestão de Pessoas pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, e em Gestão Estratégica e Políticas Públicas pela Academia de Bombeiros Militar.

“Para mim é uma honra muito grande. Acho que todos podem imaginar a emoção desse momento.  O que vem agora é muita responsabilidade para dar continuidade a um trabalho de uma corporação presente em todo o estado. Vamos continuar buscando a excelência do nosso serviço prestado a toda a sociedade”, garantiu a nova comandante-geral dos bombeiros de Minas Gerais.

Ao longo da carreira, Jordana de Oliveira ocupou diversas posições de destaque nos Bombeiros, incluindo a subchefia da Seção de Planejamento Operacional do Estado-Maior, o subcomando do 3º BBM, a chefia da Assessoria de Comunicação do CBMMG e, mais recentemente, a Diretoria de Assuntos Institucionais.

Ela é especialista em administração pública, com enfoque em gestão de pessoas pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro e em gestão estratégica e políticas públicas pela Academia de Bombeiros Militar.

“A gente sabe o tanto que o Corpo de Bombeiros avançou nesses últimos tempos, nós temos um plano de comando que vem pautando todo esse desenvolvimento. Então dar continuidade, cuidando da nossa tropa, fazendo com que esse bombeiro esteja cada vez mais pronto para servir a sociedade”, acrescentou Jordana.

Ainda durante a solenidade, que contou com a presença do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), ocorreu também a troca do subcomando da corporação e chefia do Estado Maior, que estarão a cargo do coronel Moisés Magalhães de Sousa, em substituição à coronel Daniela Lopes.

Ele é Comandante Especializado de Bombeiros,  especialista em engenharia de segurança do trabalho, em normalização de medidas contra incêndio, pânico e explosões e em gestão estratégica e políticas públicas. Também leciona e orienta no curso de pós-graduação em gestão estratégica e políticas públicas da Academia de Bombeiros Militar.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais está sob o comando, pela primeira vez, de uma mulher. A coronel Jordana de Oliveira Filgueiras Daldegan assumiu o comando-geral da corporação. Se os altos postos com mulheres ainda são escassos nas entidades civis, no meio militar isso é ainda mais raro. Em Minas, elas só foram admitidas na instituição em 1993.

A coronel ingressou na corporação poucos anos depois e se formou no curso de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, pela Academia de Polícia Militar de Minas Gerais em 2003. Um ambiente, segundo ela, ainda em transformação e com muito preconceito.

— Quando eu cheguei tínhamos só 5 para 6 anos da presença feminina no Corpo de Bombeiro. Tivemos que vencer questões, inclusive estruturais. Havia quartéis que não tinham sequer alojamento para receber mulheres, além de equipamento de proteção individual inadequado para mulher – cabia duas Jordanas dentro de um equipamento. Falar que foi fácil, não foi. A gente era manejada para outras funções (fora da atividade operacional), às vezes um pouco mais administrativas. Tivemos que lutar para conseguir o nosso espaço, para mostrar que a gente era capaz, que tinha competência para agregar as nossas equipes. Isso é um processo gradativo, não acontece de uma hora para outra, tem dificuldade, tem preconceito, mas eu acho que da mesma forma que a sociedade vem evoluindo, o Corpo de Bombeiros está evoluindo até a passos mais largos – avalia a nova comandante.

A comandante geral possui especialização em Administração Pública e Gestão de Pessoas, pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro; especialização em Gestão Estratégica e Políticas Públicas e cursou Gestão de Recursos de Defesa pela Escola Superior de Guerra (ESG) do Ministério da Defesa. Além de provar toda a competência em 25 anos de profissão, a coronel Jordana sabe que carrega também a responsabilidade da representatividade.

— Eu tenho a noção que além da responsabilidade de ser comandante geral dessa corporação, o fato de ser mulher, ocupando pela primeira vez esse espaço, representa muito para as que nos antecederam e principalmente para as gerações futuras. Mostrar que com competência, comprometimento, dedicação e, principalmente, quando a gente tem as mesmas condições de oportunidade e respeito, a gente consegue chegar onde a gente quiser — avalia.

Entre os desafios da nova gestão, a coronel Jordana cita o cumprimento do plano de comando que se encerra em 2026 e tem a missão de aumentar a capacidade operacional com expansão do atendimento em um estado com 853 municípios e 586 mil metros quadrados — dimensão próxima a da França. Um dos trabalhos recentes mais conhecidos dos bombeiros mineiros é a busca por vítimas da tragédia em Brumadinho. O rompimento da barragem foi em 2019 e causou a morte de 272 pessoas. Três ainda não foram encontradas. As buscas, segundo a comandante, continuam.

— Estamos lá há mais de 2.200 dias. O bombeiro em momento nenhum sai da operação. Nós estamos na oitava estratégia de uma operação enorme, que talvez seja a maior da história. Nós temos um planejamento. Temos mais de 80% do rejeito vistoriado e cada vez mais aprimorando as técnicas que são empregadas. Nosso foco é cumprir este compromisso de vistoriar todo rejeito. Então a gente acredita que ainda no ano de 2025 a operação se mantenha, mas, de fato, é com um horizonte para caminhar para a sua conclusão — frisou.

(Direitos autorais reservados: https://www.hojeemdia.com.br/minas – Hoje em Dia/ MINAS/ por Pedro Melo – 04/02/2025)

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(Direitos autorais reservados: https://oglobo.globo.com/blogs/minas-no-globo/post/2025/02 – Minas no Globo/ Por Shirley Souza — Belo Horizonte — 06/02/2025)

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