A imagem é uma coisa, o ser humano é outra. É muito difícil fazer jus a uma imagem.

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É um tanto simplista coroar Elvis Presley (1935 – 1977) como o único Rei do Rock”n”Roll – figuras como Chuck Berry, Little Richard e Bill Haley também se destacam entre os grandes pioneiros do gênero. Mas certamente foi Elvis o grande responsável pela popularidade mundial daquele estilo musical que era a novidade dos Estados Unidos dos anos 1950. Em grande parte, graças à postura provocativa que ele assumia no palco, aterrorizando adultos e extasiando adolescentes com seus requebros. E, é claro, a seu enorme talento como cantor, que lhe garantiu lugar entre as vozes mais marcantes do mundo pop.

Jovem de origem humilde, Elvis era caminhoneiro quando entrou no estúdio da Sun Records, em Memphis, em 18 de julho de 1853 querendo gravar um compacto para dar de presente à mãe. Quando a funcionária do estúdio perguntou qual era seu estilo, ele respondeu: “Todos”. Um ano depois, o dono da gravadora, Sam Phillips, ligou para Elvis para tentar fazer dele um cantor de sucesso, apostando no feeling negro daquele cantor branco anônimo. Ele gravou That”s All Right, Mama, do bluesman Arthur Crudup, e o resto é história.

Milhões de discos vendidos, dezenas de filmes e incontáveis performances ajudaram Elvis a estabelecer sua figura para sempre no imaginário do público. O caso é que nem sempre ele mesmo soube lidar com seu próprio personagem, tornando-se uma figura cada vez mais excêntrica e confusa, até sua morte, há exatos 30 anos. Ele mesmo sabia disso – em uma entrevista coletiva em 1972, disse aos repórteres: “A imagem é uma coisa, o ser humano é outra. É muito difícil fazer jus a uma imagem.”

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – Edição n° 17.115 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves e Postado por Luís Bissigo – 16 de agosto de 2012)

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