Já a Premier League ressaltou que o árbitro inspira novas gerações.

“A Premier League lamenta profundamente o falecimento de Uriah Rennie. Como o primeiro árbitro negro da Premier League, Uriah foi um pioneiro cujo legado permanecerá vivo, continuando a inspirar gerações futuras. Nossos pensamentos estão com sua família e amigos”, comunica a conta oficial da Premier League.

Em setembro de 2010, dois anos após se aposentar, Rennie tornou-se presidente do Hallam FC, clube de futebol sediado em sua cidade natal, Sheffield, e que comemorava o 150º aniversário na época. Na cidade natal, inclusive, recebeu o título de doutor honorário pela universidade de Sheffield.

“É uma honra merecida para Uriah, que, após uma distinta carreira de referência no futebol, trabalha incansavelmente para o Sheffield City Trust, onde é um colega valioso como Gerente de Desenvolvimento Comunitário para desenvolver nossas iniciativas de caridade de bem-estar para melhorar a diversidade e a inclusão”, comentou à época, Graham Moore, ex-vice-presidente do Sheffield United e empresário local conhecido por ter participado da organização de caridade chamada Sheffield City Trust.

Ex-praticante de kick-boxing e aikido e mestre em administração de empresas, além de ser figurinha carimbada em programas televisivos do Reino Unido, Rennie vivia em ritmo alto, mas teve que parar tudo após uma viagem para a Turquia em 2024.

– Achei que tinha dormido de mau jeito em uma espreguiçadeira. Eu estava esperando fazer parapente, mas por causa da minha dor nas costas não pude ir. No final das férias, não consegui dormir nem um pouco por causa da dor, e quando cheguei em casa mal conseguia andar – disse em entrevista à BBC, no início do ano.

De um homem ativo, o inglês teve que reaprender a andar.

– Foi estranho. Eu fui de correr pela cidade para, literalmente, ficar parado por um longo tempo. Eu não tive nenhum problema nas costas anteriormente, mas de repente não conseguia me mover. Hoje eu consigo mover meus pés e posso ficar de pé com uma estrutura presa à minha cadeira de rodas – disse.