Chico Salles Araújo, violeiro e cordelista paraibano, era ícone de forró, samba e cordel

0
Powered by Rock Convert

O compositor Chico Salles, era ícone de forró, samba e cordel

 

SC 12/07/2017 Chico Salles – (Foto: Divulgação/ Chico Tadeu / Divulgação)

 

Violeiro e cordelista paraibano

 

Francisco de Araújo Salles

Nordestino ‘carioca’, cantor Chico Salles (Foto: Divulgação)

 

 

Francisco de Salles Araújo (Sousa, na Paraíba, em 1951 – Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2017), cantor, compositor e instrumentista paraibano conhecido no universo musical brasileiro como Chico Salles.

Chico Salles era um nome forte da cultura nordestina no Rio de Janeiro, em particular do forró e da literatura de cordel.

Francisco de Salles Araújo era admirador e conhecedor de gêneros como xote, xaxado, baião e coco, Salles se mudou para o Rio em 1970 — depois de passar dois anos em Fortaleza —, onde se formaria em engenharia e faria toda a sua carreira artística.

Nascido em Sousa, na Paraíba, em 1951, Salles viveu durante dois anos em Fortaleza (CE) e depois se mudou para o Rio de Janeiro, em 1970, onde se formou em engenharia e desenvolveu sua carreira artística.

 

MUSSUM E CORDEL

 

Na Cidade Maravilhosa, Salles também se apaixonou pelo samba, universo onde fez amigos e parceiros como Noca da Portela, Roberto Serrão e o comediante e músico Mussum, que o levou para redutos como o “Buraco quente” da Mangueira e o Cacique de Ramos. Juntos, os dois fundaram o bloco “Elas e elas”, em 1985, em Jacarepaguá.

Na capital fluminense, Salles, referência em gêneros como xote, xaxado, baião e coco, aproximou-se do universo do samba, tendo se tornado parceiro de artistas como Noca da Portela e Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994), o Mussum, então membro do grupo Originais do Samba.

Com o músico e comediante, Salles foi apresentado a epicentros sambistas na cidade, como o Buraco Quente, na Mangueira, e o bloco Cacique de Ramos. Juntos, Mussum e Salles fundaram um bloco de Carnaval, o “Eles e Elas”, em 1985, em Jacarepaguá.

 

Acompanhado de forrozeiros e cordelistas, Chico Salles (4º da esq para dir) se reuniu com o ministro da Cultura, Marcelo Calero (Foto: Ministério da Cultura / Janine Moraes)

 

Após décadas como compositor, Salles estreou como cantor em 1997, no álbum “Confissões”. Em 2002, lançou outro disco, “Nordestino Carioca”, seguido pelos discos “Forrozando” (2005), “Tá no Sangue e no Suor” (2007) e “O Bicho Pega” (2009).

Em seus trabalhos mais recentes, Salles releu a obra sambista de Sergio Sampaio (1947-1994) em “Sergio Samba Sampaio” (2013), no qual recebeu participações como as de Zeca Baleiro, Fagner e Zeca Pagodinho, e também homenageou o compositor pernambucano Rosil Cavalcanti (1915-1968), parceiro de Jackson do Pandeiro, em “Rosil do Brasil”.

Depois de quase três décadas atuando apenas como compositor, Salles — que se intitulava “cantador, violeiro, forrozeiro e cordelista” — estreou em disco como cantor em 1997, com “Confissões”. Cinco anos mais tarde viria “Nordestino carioca”, álbum onde retomava suas raízes nordestinas.

O músico ainda lançaria o pé-de-serra “Forrozando” (2005), “Tá no sangue e no suor” (2007), “O bicho pega” (2009) — os três produzidos por José Milton — e “Sergio samba Sampaio” (2013), com produção de Henrique Cazes e participação de Zeca Baleiro, Fagner e Zeca Pagodinho. Seu trabalho mais recente foi “Rosil do Brasil”, em homenagem ao compositor pernambucano Rosil Cavalcanti.

O artista, que em 2008 recebeu o título de cidadão honorário do Rio, preparava seu oitavo disco, “Samba Nordestino”.

Salles também era um defensor da cultura do cordel, e era desde 2007 membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, onde ocupava a cadeira número 10.

Ele publicou mais de 30 trabalhos poéticos, como “Sivuca, Zabumba e Triângulo” e “O Homem da Bola de Ouro”.

O artista também publicou obras infanto-juvenis voltadas a popularizar a literatura de cordel entre as novas gerações, como o livro “A Jararaca e o Jegue”.

Rolando Boldrin recebe Chico Salles no programa “Sr. Brasil”

Salles, que preparava seu oitavo disco, “Samba nordestino”, recebeu em 2008 o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro.

Chico Salles Araújo morreu em 25 de novembro de 2017, aos 66 anos, no Rio de Janeiro.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/11 – ILUSTRADA / SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 25/11/2017)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/musica – CULTURA – MÚSICA / POR O GLOBO – 

(Fonte: http://g1.globo.com/musica – MÚSICA / por Mauro Ferreira – 25/11/2017)

Fonte Zero Hora – Ano 54 – N° 18.945 – 27 Novembro 2017 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 35)

Powered by Rock Convert
Share.