Carlos Araújo, advogado trabalhista, ativista político, ex-marido de Dilma Rousseff, ex-deputado estadual pelo PDT no RS

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Ex-parlamentar do PDT

Carlos Franklin Paixão Araújo (São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul, 18 de fevereiro de 1938 – Porto Alegre, 12 de agosto de 2017), advogado trabalhista, ativista político, ex-deputado estadual pelo PDT no Rio Grande do Sul na década de 1980, e ex-marido de Dilma Rousseff. Os dois se conheceram em 1969, período no qual estavam envolvidos com grupos que lutavam contra o regime militar.

Na década de 80, Araújo foi deputado estadual pelo PDT, partido que ajudou a formar. Ele abandonou a carreira política em 2000 e passou a se dedicar ao seu escritório de advocacia em Porto Alegre. Em 2014 chegou a ser um dos mais antigos advogados trabalhistas em atividade no país.

Líder no fim dos anos 1960 do grupo guerrilheiro Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares), Carlos Araújo conheceu Dilma Rousseff em 1969, quando militavam contra a ditadura militar na VAR-Palmares. Foi com ele que a ex-presidente teve sua única filha, Paula Rousseff Araújo, em 1976. O casal se separou em 2000.

 

Ex-deputado, Carlos Araújo foi companheiro de Dilma Rousseff por 30 anos (Foto: Ana Paula Aprato/JC)

 

Carlos Araújo recebera o nome dos pais como uma homenagem ao filósofo Karl Marx e ao líder comunista Luiz Carlos Prestes. Ele nasceu em fevereiro de 1938, em São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul, é filho do também advogado trabalhista Afrânio Araújo, de quem herdou o gosto pelo direito e pela política. Em contato desde a adolescência com a militância comunista, chegou a participar, em 1958, do Festival Internacional da Juventude, em Moscou, na União Soviética.

Afastou-se da esquerda tradicional em meio às discussões sobre o relatório do então secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), Nikita Kruchev, a respeito dos crimes do ditador Joseph Stalin. Com o golpe de 1964 e a instauração da ditadura militar, passou para a luta armada com o codinome Max, pelo qual era conhecido nos tempos de luta armada, foi preso pela ditadura militar em julho de 1970, meses após a captura de Dilma. Foi na clandestinidade que conheceu Dilma, a Estela. Ambos foram presos e torturados pelas forças de segurança. Ele deixou a prisão em 1974, mesmo ano que perdeu o pai e assumiu o escritório de advogacia.

 

Dilma Rousseff e o ex-marido e ex-deputado Carlos Araújo (Foto: Jornal do Brasil/ Reprodução)

 

Após a redemocratização, voltou a Porto Alegre e se filiou ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Leonel Brizola, quem já conhecia desde a década de 1960. Pela legenda, foi eleito para três mandatos de deputado estadual entre as décadas de 1980 e 1990. Em 1988 e 1992, se candidatou à prefeitura de Porto Alegre, mas foi derrotado pelos petistas Olívio Dutra e Tarso Genro, respectivamente, inaugurando a série de quatro gestões seguidas na cidade sob comando do PT.

Mesmo afastado da vida política, Carlos Araújo não deixou de opinar sobre assuntos políticos contemporâneos. Sobre o processo que levou ao impeachment da amiga e ex-mulher da Presidência, Araújo considerava que houve um “golpe” e que Dilma foi abandonada pelo PT.

Após se afastar do partido em 2000, se reaproximou em 2012, mas permaneceu apenas como conselheiro.

Carlos Araújo morreu em 12 de agosto de 2017, em Porto Alegre. De acordo com médicos, ele foi vítima de uma infecção generalizada. Araújo estava internado na UTI da Santa Casa de Misericórdia da capital gaúcha desde 25 de julho.

Araújo sofria de uma doença pulmonar obstrutiva crônica e havia chegado ao hospital com infecção nas vias aéreas. Na última noite, ela se agravou, provocando insuficiência respiratória.

(Fonte: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral – POLÍTICA/ O Estado de S.Paulo – 12 Agosto 2017)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/08 – PODER – DE SÃO PAULO – 12/08/2017)

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