Américo Amorim, era o homem mais rico de Portugal, ficou conhecido como o “rei da cortiça” graças ao império que entretanto criou

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O empresário, ficaria conhecido como o “rei da cortiça” graças ao império que entretanto criou. A Corticeira Amorim é hoje a maior empresa mundial de produtos de cortiça.

 

Américo Amorim tinha, em 2017, uma fortuna avaliada em 4,4 mil milhões de dólares (Foto: PEDRO MAIA)

 

Américo Ferreira de Amorim (Mozelos, Santa Maria da Feira, 21 de julho 1934 – 13 de julho de 2017), empresário, o homem mais rico de Portugal. O empresário ocupava em 2016 a oposição 369ª da lista e em 2017 surgia na posição 385ª, uma descida de 16 lugares, apesar de a sua fortuna ter aumentado de 4,1 mil milhões de dólares para 4,4 mil milhões de dólares.

O empresário, que nos últimos anos surgiu na revista Forbes como o homem mais rico de Portugal, é descrito como um “self-made man” que conseguiu construir um dos maiores impérios industriais do país.

Américo Ferreira de Amorim, nasceu em Mozelos, Santa Maria da Feira, em 21 de julho de 1934, teve uma infância modesta, fez o Curso Comercial no Porto e foi trabalhar nos anos 50 para a empresa de cortiça da família. Depois viajou pelo mundo.

Presidente do conselho de Administração do Grupo Amorim, Américo Amorim. (Foto: Hernâni Pereira)

“Estive durante quatro anos e meio fora de Portugal, nos caminhos de ferro, em segunda classe e a dormir em pensões. Andei pela América do Sul, Europa Central e Ásia. Conheci povos, mentalidades, culturas, guetos de poder, sociedades desfavorecidas. Fiquei com a ideia de como era o globo. Foi uma universidade fantástica”, afirmou, citado pela revista Visão.

Em 1963 é fundada a Corticeira Amorim, que tem como sócios os quatro irmãos da família e um tio.

Américo Amorim aposta na exportação e na internacionalização da empresa e, quando em abril de 1974 tem lugar a revolução dos cravos, o empresário é já descrito como um homem rico.

Nessa altura, Amorim aproveita para investir, quando muitos dos mais ricos de então se querem desfazer do seu patrimônio. “Enquanto os outros fugiam, eu fiquei e comprei”, disse à Visão.

Nas décadas seguintes, Américo Amorim conseguiu diversificar os negócios. Esteve envolvido, em 1981, na criação da Sociedade Portuguesa de Investimentos (SPI), que daria lugar ao BPI, mais tarde virá a participar no BCP, o banco privado fundado em 1985.

Depois da aposta no setor financeiro, o império Amorim assume também posições em setores como as telecomunicações, turismo e petróleo.

Nos últimos anos, Américo Amorim surgiu quase ininterruptamente na revista Forbes como o homem mais rico de Portugal. Na lista anual de 2016 da revista surgem 1.810 milionários e o empresário português ocupa a posição 369, a mesma do ano anterior, com uma fortuna estimada em 4,1 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros). Atrás dele, mas a larga distância, aparecem dois outros portugueses, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo.

“Não me considero rico. Sou trabalhador”, disse em 2011 ao Jornal de Negócios, questionado sobre se aceitaria um imposto especial para as grandes fortunas.

Américo Amorim morreu em 13 de julho de 2017, aos 82 anos, vítima de problemas de saúde que já o afetavam há algum tempo.

(Fonte: Diário de Notícias – PORTUGAL – DN/Lusa – 13 DE JULHO DE 2017)
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