ECONOMISTA CÉLEBRE POR ESTUDOS SOBRE A DESIGUALDADE SOCIAL
Anthony B. Atkinson, economista que foi pioneiro no estudo da desigualdade
Sir Anthony Barnes “Tony” Atkinson, célebre por estudos sobre a desigualdade social
Ele via o problema como algo que poderia ser solucionado, caso houvesse vontade política
Anthony Barnes Atkinson (4 de setembro de 1944 – 1º de janeiro de 2017), economista britânico, foi um dos maiores cientistas na área da distribuição do rendimento, da pobreza e das desigualdades.
Professor da London School of Economics e pesquisador em Oxford, Atkinson se tornou célebre por seu estudo sobre a desigualdade. Ele via o problema como algo que poderia ser solucionado, caso houvesse vontade política.
Em seu último livro, “Desigualdade, O que Pode ser Feito”, o economista listou 15 medidas radicais para enfrentar a questão. Entre elas, propôs forte aumento de impostos para os mais ricos, as propriedades, as heranças e as transmissões de bens intervivos.
Também pedia o direcionamento de mais recursos públicos para os mais pobres, aumentando benefícios de seguridade social e fazendo transferências de renda.
Advogava uma política contra o desemprego, com o Estado garantindo vagas e um salário mínimo para quem não encontra trabalho.
Para ele, o governo também deveria interferir em remunerações, não deixando que salários fossem definidos só pelo mercado.
Fascinado por indicadores, não se satisfez com as medidas consagradas para avaliar a desigualdade (como o índice de Gini) e criou seus próprios padrões de medida, inclusive um que leva seu sobrenome.
Na área acadêmica, atuou por 25 anos em parceria com o Prêmio Nobel Joseph Stiglitz como editor do “Journal of Public Economics” (entre 1971 e 1997), no qual desafiavam as receitas ortodoxas para solucionar problemas em mercados que não funcionavam corretamente.
Tem entre os economistas influenciados por seu trabalho o francês Thomas Piketty, autor do best-seller “O Capital no Século XXI”, outro livro que trata da desigualdade.
Tony Atkinson morreu em 1º de janeiro de 2017, aos 72 anos.
(Fonte: Zero Hora – Ano 53 – Nº 18.665 – 4 de janeiro de 2016 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/01 – MERCADO/ De SÃO PAULO – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 02/01/2017)