Rondon Pacheco, ex-governador de Minas Gerais e ministro-chefe da Casa Civil do governo Arthur Costa e Silva

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Rondon foi chefe do Gabinete Civil no regime militar e votou o AI-5.

Rondon Pacheco foi ex-governador de Minas Gerais (Foto: Reprodução/TV Integração)

Rondon Pacheco foi ex-governador de Minas Gerais (Foto: Reprodução/TV Integração)

 

Rondon Pacheco (Uberlândia, antes chamada de São Pedro de Uberabinha, 31 de julho de 1919 – Uberlândia, 4 de julho de 2016), político mineiro

Entre os cargos ocupados durante a trajetória política estão o de governador de Minas Gerais e ministro-chefe da Casa Civil durante o governo do presidente Arthur Costa e Silva. Em homenagem ao conterrâneo e proprietário rural de Uberlândia, uma das principais vias urbanas da cidade, bem como um dos teatros, levam o nome de Avenida Governador Rondon Pacheco e Teatro Rondon Pacheco.

Filho de Raulino Cota Pacheco e Nicolina dos Santos Pacheco, Rondon nasceu no dia 31 de julho de 1919 em Uberlândia, antes chamada de São Pedro de Uberabinha. Iniciou o curso de Direito na terra natal e, em seguida, foi para a capital Belo Horizonte onde concluiu os estudos, advogou e iniciou a carreira pública.

A vida política de Rondon teve início em 1947, quando se tornou deputado estadual, mas ele gosta de dizer que a vida pública começou realmente na Faculdade de Direito da UFMG, onde foi orador do diretório acadêmico. Em 1950, se tornou deputado federal no Rio de Janeiro, então capital do país. Na década de 1960, tornou-se ministro de Estado, como chefe do Gabinete Civil do presidente Arthur da Costa e Silva, entre 1967 e 1969. Na década seguinte, em 1971, tornou-se o primeiro uberlandense chefe do governo de Minas Gerais.

 

Carreira política e homenagens
Conforme histórico disponibilizado pelo Governo de Minas e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (por meio de um dos livros da “Coleção Memória Política de Minas”), Rondon Pacheco se elegeu deputado estadual em 1947 e foi primeiro-secretário da Assembleia.

Uma das principais vias da cidade leva o nome de Rondon Pacheco (Foto: Divulgação/PMU/Secom)

Uma das principais vias da cidade leva o nome de
Rondon Pacheco (Foto: Divulgação/PMU/Secom)

 

Também foi presidente do Diretório Acadêmico Afonso Pena e, após o mandato na Assembleia, foi eleito deputado federal por Minas para os pleitos de 1951 a 1971 e 1983 a 1987 compondo, por determinado período, a Comissão de Constituição e Justiça e Comissão de Transportes.

O político mineiro liderou a União Democrática Nacional (UDN) de 1959 a 1961, partido pelo qual auxiliou na fundação junto ao amigo e político Pedro Aleixo. Foi Secretário do Interior e Justiça de Minas Gerais, ministro-chefe da Casa Civil no governo do presidente Costa e Silva e governador entre 1971 e 1975 após indicação de Emílio Médici, presidente da República na época.

Na chefia do Gabinete Civil de Costa e Silva, o nome de Rondon ganhou mais expressividade nacional. No dia 15 de março de 1971, como indicação do então presidente Emílio Garrastazu Médici e eleito pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Rondon assumiu o governo de Minas. Em 1992, foi eleito membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Rio de Janeiro onde ficou morando.

Ainda dando continuidade às homenagens a uma das grandes personalidades mineiras, uma produtora local lançou o documentário “Algodão entre Espelhos”, em 2012, que aborda a trajetória política de Rondon Pacheco e tem como tema central “Desenvolvimento de Minas Gerais nas décadas de 60 e 70″.

Principais pontos da trajetória política
A vida política começou em 1947 ao ser eleito para a Constituinte Estadual daquele ano. O uberlandense foi autor de uma emenda que permitiu a aprovação do projeto que criava a assistência social ao fomento da agricultura, sendo grande defensor cooperativismo e se mostrar contra a intervenção estatal. Se aliou a movimentos conservadores que apoiaram a destituição de João Goulart da presidência da República.

Após o golpe militar de 64, Rondon assumiu cadeira no alto escalão do governo do presidente Arthur da Costa e Silva em 1966. Como chefe do Gabinete Civil, esteve entre os personagens que participaram da aprovação do Ato Institucional n° 5 (AI-5), no dia 13 de dezembro de 1968, que deu plenos poderes ao regime militar e suspendeu várias garantias constitucionais.

No Congresso Federal, como deputado, trabalhou em prol do desenvolvimento econômico da região do Triângulo Mineiro, especialmente, Uberlândia. Depois foi governador e, entre as principais ações como chefe de Estado, estão a instalação da Krupp Indústria Mecânica e da Fiat; a criação do 1° Plano Mineiro de Desenvolvimento Econômico e Social, da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Turismo, do Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) e da Casa Guimarães Rosa em Cordisburgo; a construção da Central de Abastecimento (Ceasa-MG), hidrelétrica de São Simão e da Termelétrica Igarapé.

Rondon Pacheco morreu em 4 de julho de 2016, em Uberlândia, aos 96 anos.

Por 18 dias, esteve internado em um hospital particular de Uberlândia para tratamento de uma pneumonia grave e havia recebido alta na última semana. Antes, Rondon esteve hospitalizado no Rio de Janeiro, de onde foi transferido para a cidade mineira.

O corpo foi velado no Palácio dos Leões, no Museu Municipal.

Repercussão

O senador e ex-governador de Minas Antonio Anastasia escreveu em sua conta no Twitter: “Lamento o falecimento do ex-governador Rondon Pacheco, um dos responsáveis pelo desenvolvimento de Minas Gerais durante a década de 1970.”

O deputado federal Carlos Melles (DEM-MG) escreveu: “Perdemos mais um grande homem público.”

O ex-prefeito de Uberlândia e deputado Federal Odelmo Leão (PP-MG) também lamentou a morte de Pacheco nas redes sociais. O parlamentar afirmou que “o Brasil perde um grande homem púbico” e que não encontra palavras para descrever o quanto o ex-governador foi importante para ele.

(Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2016/07 – TRIÂNGULO MINEIRO/ Por Caroline Aleixo Do G1 Triângulo Mineiro – 04/07/2016)

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