Querida, mando-te/ uma tartaruguinha de presente/ e principalmente de futuro/ pois viverá uma riqueza de anos/ e quando eu haja tomado a estígia barca/ rumo ao país obscuro/ ela te lembrará no chão do quarto/ e te dirá em sua muda língua/ que o tempo, o tempo é simples ruga/ na carapaça, não no fundo amor.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), poeta mineiro.
(Fonte: www.caras.uol.com.br 7 de fevreiro de 2008 Edição nº 744 Citações)